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Justiça por Kathlen | Após dez meses sem justiça, mãe de Kathlen Romeu critica descaso do promotor do caso

Kathlen foi morta em junho de 2021 por um tiro de fuzil que veio de um PM e a investigação já começou concluindo que a cena do crime foi fraudada por quatro policiais antes da chegada da perícia. A mãe de Kathlen continua na luta por justiça e questiona a demora na solução do crime: “o promotor estava preocupado em não ser injusto com os policiais, mas e comigo? E com minha filha?”.

sexta-feira 8 de abril de 2022 | Edição do dia

Imagem: Reprodução Internet

Após a morte de Kathlen Romeu pelas mãos da polícia em junho de 2021, a mãe de Kathlen conta que procurou o promotor responsável pela investigação, Alexandre Murilo Graça, em busca de informações e descobrir por que já são dez meses sem resposta.

Mais uma vítima do genocídio negro promovido pela polícia, Kathlen estava grávida e foi morta no dia 8 de junho de 2021, atingida durante uma operação policial por um tiro de fuzil no tórax que, em dezembro do mesmo ano, foi concluído ter partido de um PM.

No mês seguinte, a 2ª Promotoria da Justiça e a auditoria da Justiça Militar denunciou cinco policiais militares por fraude processual e um deles por omissão. Segundo a denúncia, quatro dos policiais retiraram materiais da cena do crime e colocaram outros intactos antes da chegada da perícia.

O promotor Alexandre Graça, que cinicamente respondeu às angústias da mãe de Kathlen com “não adianta ficar chorando, porque eu não sou psicólogo", é responsável por casos midiáticos, como a investigação da rachadinha no gabinete do vereador do Rio e filho do presidente, Carlos Bolsonaro. Sem nenhuma surpresa, Graça também tem relacionamento com a família Bolsonaro e esteve presente em janeiro no aniversário da advogada do irmão de Carlos e senador, Flávio Bolsonaro.

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    O promotor ainda disse, em mais um sinal de descaso com as vidas negras, que ela não poderia viver em função da condenação dos responsáveis e que nem sempre a justiça é justa. Em entrevista, a mãe de Kathlen pergunta: “ele estava preocupado em não ser injusto com os policiais, mas e comigo? E com minha filha?”.

    Hoje a família e amigos de Kathlen se reuniram às 9h em frente ao Ministério Público, em um ato por justiça.




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