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REPRESSÃO POLICIAL | Após confissão de coronel da ROTA, PM não tarda e reprime festa de jovens da periferia

Dias depois do novo comandante da Rota (Ronda Ostensiva Tobias Aguiar), uma das tropas mais assassinas da polícia militar de São Paulo, confessar que a atuação policial nos bairros ricos é distinta da forma como abordam os bairros da periferia, testemunhas denunciam brutal repressão a jovens que curtiam baile funk no Parque São Rafael, zona leste de SP. Veja o vídeo abaixo feito pelos moradores.

segunda-feira 28 de agosto de 2017 | Edição do dia

A PM agrediu com balas de borracha, bombas, cassetetes, e gás de pimenta jovens que participavam de um baile funk de rua, na tarde deste domingo (27) no Parque São Rafael, Zona Leste de São Paulo. No vídeo abaixo, a agressão covarde fica nítida com a imagem de um dos jovens que já estava no chão sendo agredido brutalmente.

Era aniversário do bairro Parque São Rafael, e como poucas oportunidades de lazer que a juventude pobre tem nas grandes cidades, o baile funk foi organizado por eles mesmos através das redes sociais.
"Quando chegou [a polícia] começaram a atirar bomba para todo lado, deram tiro de borracha num menino", contou uma adolescente de 14 anos que participava da festa.

Veja o video das agressões:

Nos bairros ricos, “abordagem distinta” e na periferia, repressão, “autos de resistência” e execuções.

A juventude dos bairros pobres não tem direito nem ao lazer de seus bailes funks e muitas vezes sequer a vida: dezenas de estatísticas mostram que a PM mata indiscriminadamente nas periferias, principalmente a juventude negra.

Confessa o coronel de uma das instituições mais assassinas do mundo: "A gente pega um policial que trabalha numa área de periferia e um policial que trabalha nos Jardins. Já muda. Você pega o policial que trabalha nos Jardins, a forma que ele vai lidar com a comunidade, ou com as pessoas que transitam por lá, é totalmente diferente de um policial que trabalha na periferia. Ele usa a mesma técnica, ele vai trabalhar com a mesma doutrina, mas a forma de se abordar e de se falar com a pessoa é diferente.”

Esta realidade histórica das periferias de SP, que embora confessada descaradamente pela instituição somente há alguns dias, é também realidade comum pelos bairros pobres do país: repressão, agressões, prisões ilegais, mortes por “autos de resistência” e até execuções explícitas.




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