Até o momento, o presidente não divulgou cópia dos dois exames clínicos que realizou e que, segundo ele, deram negativo para o vírus.
sexta-feira 20 de março de 2020 | Edição do dia
Bolsonaro fez dois testes até o momento, um no dia 12 e outro no dia 17. Nas redes ele disse que ambos deram negativo, no entanto não mostrou documento formal das análises. Um dos ministros mais próximos de Bolsonaro, o general Augusto Heleno, afirmou nesta quarta-feira que recebeu teste positivo para coronavírus. Ele se enquadra no grupo de risco, pois tem 72 anos.
Até o momento, pelo menos 23 pessoas ligadas à comitiva presidencial que viajou aos Estados Unidos no início do mês receberam o diagnóstico da doença. Hoje, outros assessores presidenciais foram confirmados com o coronavírus, sendo que dois deles tem contato frequente com o presidente, Mauro Cid e Filipe Martins.
Essa atitude de Bolsonaro reforça ainda mais a posição negacionista que vem sendo tomada por parte de seu governo, negando não apenas a importância de se combater o vírus em todo país, mas também de camuflar e omitir até o próprio teste do corona. Em apenas um dia, de terça para quarta-feira os casos tiveram um aumento de 300, e as medidas de segurança e proteção seguem sendo negligenciadas pelo seu governo.
As consequência do coronavírus que se soma a todo crise internacional é impossível de ser ignorada, o que nos leva a importância de ativar todas medidas emergenciais para que toda a população tenha acesso a atendimento médico, leitos, e apoio financeiro para todos os trabalhadores que precisam sobreviver meio a crise, e não apenas os R$200 anunciados por Paulo Guedes para apenas uma parcela da população.
A situação atual exige um nível de seriedade que Bolsonaro e seu governo simplesmente ignoram completamente, por isso é importante mais do que nunca tomarmos nas nossas mãos, trabalhadores, juventude, a liderança em garantir todas as medidas de segurança e higiene para todos que nos rodeiam, companheiros de trabalho, famílias, em bairros onde moramos.
Nesse momento de pandemia, o governo não deveria estar cortando dos mais pobres, mas sim taxando impostos progressivos sobre as grandes fortunas, ampliando a contratação de trabalhadores na área da saúde, ampliando os leitos de UTI e realizando testes massivamente em toda população. Para isso, é necessário exigir a revogação da lei do teto de gastos e o não pagamento da dívida pública, para que se possa investir na saúde pública e fazer com que os capitalistas paguem pela crise, e não a classe trabalhadora.
