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RIO GRANDE DO SUL | Após Leite atrasar salários, descontos antecipados deixam servidores do RS na miséria

Neste sábado (9) vieram à tona nas redes sociais diversas denúncias feitas por servidores do estado de que os empréstimos feitos no Banrisul para receber o salário em dia foram descontados antes do pagamento que Eduardo Leite adiou para dia 11, desta forma milhares de servidores ficaram no vermelho e até mesmo tiveram seus cartões bloqueados.

sábado 9 de fevereiro de 2019 | Edição do dia

Mais uma vez humilhados pelo governo do estado, professores e funcionários do estado do Rio Grande do Sul são deixados no vermelho e com cartões bloqueados neste fim de semana. O que ocorreu é que vários professores estão relatando em redes sociais (como aparece nas imagens ao final) que o Banrisul descontou o valor do empréstimo de antecipação salarial antes pagamento previsto para segunda-feira.

Isso deixa as contas no negativo e em muitos casos sem limite impedindo o uso do Banricompras, único cartão de muitos servidores que já se encontram em dívida com o banco devido ao pagamento indevido de juros devido ao atraso de salário. Há relatos de servidores que passaram pela embaraçosa situação de descobrir no caixa do supermercado que o cartão estava bloqueado.

Eduardo Leite que chegou a afirmar em campanha que acabaria com os atrasos e parcelamentos de salário, em seu primeiro mês de mandato segue exatamente a mesma política de Sartori, anunciando no fim de janeiro o primeiro atraso de salários, pagando mais de 90% dos funcionários apenas após o dia 11. Assim gerando transtornos e humilhações a milhares de servidores do estado, em particular professores que tem o salário congelado desde 2015, com defasagem de mais de 23%.

Enquanto isso, o estado mantém dezenas de bilhões em isenções de impostos bem como com a sonegação fiscal de grandes empresas. Uma saída de fundo para essa situação humilhante é uma profunda e intensa mobilização unificada dos servidores que sofrem com o corte de gastos em educação e saúde, chamando a população que sofre junto como usuários dos serviços precarizados, à fim de exigir o confisco dos bens dos grandes sonegadores gaúchos, o que geraria uma receita imediata para pagar salários e serviços de qualidade para a população. Fazendo assim os ricos capitalistas pagarem pela crise. Desse modo o não pagamento da absurda, ilegítima e fraudulenta dívida pública não deve passar por privatizações ou quaisquer negociações com a união.

É preciso que o CPERS e os demais sindicatos rompam com sua trégua e postura diplomática com Leite, pois o novo governador já deu reiteradas mostras de que continuará a política terrorista de Sartori contra os servidores. Essa passividade é a expressão da política de “oposição” propositiva do PT e PCdoB no RS, que dirigem a maioria dos sindicatos do estado inclusive o CPERS, e apostam em negociar com quem quer destruir nossos direitos ao invés de organizar os trabalhadores para resistir a estes ataques.

Também nacionalmente a CUT e a CTB precisam romper sua passividade e silêncio e organizar os trabalhadores para lutar contra a Reforma da Previdência de Bolsonaro e Paulo Guedes que querem nos fazer trabalhar até morrer.

Chamamos os trabalhadores a se organizar em assembleias e comitês de base para lutar contra os ataques e exigir de seus sindicatos que se coloquem a serviço da luta. Os servidores em São Paulo estão travando uma importante batalha na cidade contra os planos da prefeitura de fazer uma reforma da previdência municipal. Inúmeras professoras se enfrentaram contra a polícia e a prefeitura, combatividade que mostra o caminho que devemos ter para combater os ataques aqui e em todo o país. Os núcleos do CPERS que são dirigidos pela oposição (Conlutas e Intersindical) podem cumprir um importante papel saindo na frente para impulsionar a mobilização independente dos trabalhadores e exigindo das demais direções que façam o mesmo.




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