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Clã bolsonarista | Após 4 anos do assassinato de Marielle, Queiroz articula candidatura a deputado federal

Queiroz tem como lema lealdade à família Bolsonaro. Ele foi pivô do caso de corrupção das rachadinhas e amigo de longa data da família Bolsonaro, e quer se candidatar nas eleições para deputado federal. A justiça deixa Queiroz livre, ao mesmo tempo que 4 anos depois do assassinato de Marielle e Anderson, essa mesma justiça burguesa deixa impune os milicianos que os assassinaram. Somente a nossa luta pode arrancar justiça!

terça-feira 15 de março de 2022 | Edição do dia

Tércio Teixeira/Folhapress

Queiroz é policial militar reformado, representante da extrema direita, com um grande histórico de corrupção e proximidade com a milícia no Rio de Janeiro. Ele já passou meses foragido, chegou a ser preso de maneira preventiva, mas foi solto, quando o judiciário tomou várias decisões em julgamento a seu favor.

Amigo de Bolsonaro desde 1984, Queiroz foi apontado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como o operador financeiro da "rachadinha" no antigo gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa.

A investigação foi iniciada após um relatório do Coaf descrever uma movimentação considerada suspeita de R$ 1,2 milhão em 2016 na conta de Queiroz.

O senador, o ex-assessor e mais 15 pessoas foram denunciados sob acusação de desviar R$ 6 milhões dos salários de funcionários do gabinete para benefício de Flávio. As provas, contudo, foram anuladas pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) e o caso voltou à estaca zero.

Ele agora vem participando de passeatas de policiais militares reformados, se reunindo com políticos e líderes de comunidades em que vivem agentes aposentados.

Queiroz, que é pivô do escândalo das "rachadinhas" que atingiu a família do presidente Jair Bolsonaro, vem negociando com quatro partidos sua candidatura neste ano.

Ele busca uma cadeira de deputado federal, porém poderá buscaer uma cadeira na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, onde foi assessor de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) por 12 anos.

Queiroz, vem também viajado a Brasília e São Paulo, em busca de apoio para sua candidatura, contando com o aval do clã Bolsonaro. Ele se encontrou com Flávio na capital federal para ouvir do ex-chefe se sua candidatura não seria mal vista pela família.

"Falei para ele: ’Vai à luta, você é ficha limpa’. É uma pessoa que tem bons contatos no Rio de Janeiro, tem uma história bacana na Polícia Militar. E agora ainda tem uma exposição gigante. O Queiroz ficou famoso, né?", disse o senador e filho do presidente em entrevista ao jornal O Globo.

A possível candidatura de Fabrício Queiroz escancara a força que a extrema direita tem no país, que ainda conta com o apoio dos setores do regime, como o judiciário que já decidiu a favor de Queiroz em vários julgamentos e que o permitirá ser candidato mesmo com tantas provas e evidências de corrupção. Ao mesmo tempo demonstra a promiscuidade e a desfaçatez da extrema-direita, que é corrupta até a medula, mas que age de forma completamente debochada, rindo da cara da classe trabalhadora que sofre com esses casos de corrupção.

A candidatura de Queiroz acontece depois de 4 anos do assassinato da lutadora Marielle Franco, assassinada por milicianos como Queiroz e a família Bolsonaro, mas até agora a justiça não foi feita. Não podemos confiar nessa justiça, pois é a mesma que deixa Queiroz impune e que deixa os assassinos de Marielle e Anderson soltos.

Para enfrentar a extrema direita e seus representantes, como Fabrício Queiroz, e para arrancar justiça a Marielle e Anderson, é necessário que toda a esquerda e os sindicatos mobilizem os trabalhadores, que é quem mais sofre com a crise capitalista e os ataques que o regime impõe, para que o Bolsonarismo e seu projeto seja derrotado na luta de classes.




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