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Apesar de apoiar perdão de R$1bi das igrejas, Bolsonaro diz que pode vetar parte do projeto

Ao que tudo indica, Bolsonaro irá vetar parte de anistia de dívida das igrejas, mas irá seguir em negociação para assegurar o lucro de seus aliados evangélicos.

quinta-feira 10 de setembro de 2020 | Edição do dia

Foto: Alan Santos/PR

Por uma pressão de parte de seus eleitores e de setores da burguesia, Bolsonaro sinalizou que poderá vetar trecho de projeto de lei que concede anistia em tributos a serem pagos por igrejas no país. Mas segundo apuração do Estado de São Paulo, Bolsonaro pode vetar um dos dispositivos que anistiam os templos, deixando outra parte ainda para negociações. Paulo Guedes, Ministro da Economia, pressiona Bolsonaro pelo veto completo.

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Bolsonaro se colocou de acordo com o perdão de R$ 1 bilhão de dívidas dos templos, enquanto grande parte da população segue com fome e no desemprego, até porque seu governo tem bases sólidas construídas pela bancada da bíblia. Mas segundo ele mesmo, tal perdão não teria amparo jurídico para tal ação, podendo lhe custar caro como ser condenado por crime de responsabilidade, passível de impeachment.

Bolsonaro sempre contou com o apoio dessa bancada que já existe antes do seu mandato. A própria eleição de Bolsonaro é permeada pelas bases que as igrejas moveram para candidata-lo e que hoje comandam a ideologia reacionária do governo contra as mulheres, os LGBTs, os negros e toda classe trabalhadora, através, principalmente, de três pastores ministros do seu governo: Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), André Mendonça (Justiça e Segurança Pública) e Milton Ribeiro (Educação).

Segundo a Folha de São Paulo, um dos deputados da bancada evangélica teria dito a Bolsonaro que essa anistia das dívidas das grandes igrejas seria muito pequena perto do apoio que o governo recebe deles. Com certeza Bolsonaro não abrirá mão dessa aliança tão rentável para ambos os lados, enquanto a classe trabalhadora segue sofrendo os ataques desse governo que opera em prol dos lucros dos capitalistas.




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