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FRANÇA | Apesar da repressão, milhares de coletes amarelos voltaram a tomar as ruas da França

A convocatória dos coletes amarelos para este sábado teve peso em Paris e outras cidades francesas. Antes de começar a polícia já havia detido a mais de 150 manifestantes na capital, e no começo da marcha reprimia com gases lacrimogênio.

segunda-feira 14 de setembro de 2020 | Edição do dia

Milhares de manifestantes saíram novamente às ruas da frança neste 12 de setembro. A mobilização, que respondia ao chamado dos coletes amarelos, foi reprimida com gases lacrimogênios e detenções massivas em Paris. Também houve ações em Toulouse, Burdeos, Nantes e outras cidades.

Em um contexto marcado por um desastre social sem precedentes, os coletes amarelos haviam pedido às pessoas que saíssem às ruas neste sábado, coincidindo com o retorno das férias, para lutar por suas reivindicações.

Apesar do dispositivo policial, que antes de começar a marcha já havia detido a mais de 150 manifestantes, milhares de pessoas responderam ao chamado dos coletes amarelos.

Antes de começar a marcha, ao meio dia era o próprio Distrito policial que avisava em sua conta no Twitter que havia detido nesse momento a 128 manifestantes, com o objetivo de amedrontar aos que participariam dos protestos.

Didier Lallament, chefe da polícia de Paris, já havia anunciado nos últimos dias que estavam proibidas as manifestações em determinados setores da capital, buscando desanimar a participação e incitando a repressão policial.

Neste contexto, Jérôme Rodrigues, representante dos coletes amarelos relatou a diversos meios a crise social que o país atravessa "a raiva está aí, em cada casa", e apontou que novos coletes amarelos serão os milhões que vão entrar no "mercado da pobreza". Finalizou com "um estômago vazio, uma geladeira vazia, é o vírus que leva anos nos consumindo".

As manifestações e a repressão ocorreram também em cidades como Toulouse, Burdeos e Nantes. A modalidade repressiva foi similar. No dia anterior, a Polícia havia proibido a marcha. Grandes operativos policiais detiveram dezenas de pessoas antes da manifestação e depois, frente a concentração, responderam com gases e violência policial sobre os manifestantes.

De todo modo, e asim como na capital, as pessoas resistiram e a manifestação não pode ser dissolvida. A manifestação teve um importante componente de trabalhadores e trabalhadoras organizados na central operária CGT, como é o caso dos aeronáuticos cuja indústria atravessa uma crise sem precedentes que as patronais descarregam sobre o pessoal.




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