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INTERNACIONAL | Ao lado de Bolsonaro, Trump ameaça novamente o povo venezuelano com ataque militar

Nas declarações aos jornalistas que antecedeu a conversa oficial entre os dois presidentes, perguntado sobre a possibilidade de uma intervenção militar na Venezuela Trump disse que essa carta segue na mesa.

terça-feira 19 de março de 2019 | Edição do dia

Mesmo com todos os esforços para se mostrar o mais subordinado possível aos EUA de Trump, a questão da possibilidade de uma intervenção militar na Venezuela é um dos pontos dissonantes no discurso de Trump e da delegação brasileira. Ainda que a política dos EUA é de forçar uma troca de regime via golpe de estado interno, Trump insiste em manter a ameaça de intervenção.

Perguntado pelos jornalistas se gostaria de vero Brasil envolvido numa ação dessa natureza, disse que essa questão ainda seria discutida entre os dois. A opção militar na Venezuela seria uma ação de alto risco para os EUA, ainda mais complexa do que a intervenção no Iraque e mesmo com as dificuldades em implementar a política de golpe de estado, é vista com muitas reservas nos próprios EUA.

Durante a campanha Bolsonaro chegou a sugerir a ideia de uma intervenção militar e voltou atrás, depois que a ideia causou uma reação forte entre os militares. Se houve diferenças internas entre os generais no governo sobre apoiar ou não a política de golpe de estado mascarada de ajuda humanitária na Venezuela, é um grande consenso no exército brasileiro não considerar a opção militar uma “carta na mesa” como coloca Trump.

Com diferenças sobre como intervir, seja com intervenção militar ou não, ambos os presidentes apostam na reacionária ofensiva imperialista na Venezuela - um como sujeito, o outro como capacho - que rasga a fachada de "ajuda humanitária" e tentam assim configurar a completa subordinação do país vizinho aos interesses trumpistas e, dessa forma, coroar o giro à direita na América Latina.




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