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MINAS GERAIS | Antônio Andrade, vice de Pimentel em MG, é citado nas delações da JBS

Conhecido como Toninho Andrade (PMDB), o vice-governador de Minas Gerais é citado em planilhas da JBS, junto ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apontando cerca de R$ 8 milhões recebidos.

quinta-feira 8 de junho de 2017 | Edição do dia

O lobista Ricardo Saud, executivo da JBS, entregou documentos ao Ministério Público Federal que indicam que os valores foram transferidos em 2014, durante a campanha eleitoral, por meio de contratos com escritórios de advocacia. Saud disse em delação que mais de 100 escritórios emitiram notas frias da JBS para repassar propinas a políticos.

Antonio Andrade está articulando para assumir o governo de Minas Gerais caso o petista Fernando Pimentel seja afastado do cargo após ter sido alvo da operação Acrônimo e estar sendo investigado sob acusação de lavagem de dinheiro e corrupção entre políticos e empresas em repasses ilegais de dinheiro no período eleitoral.

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Após essa investigação, Andrade rompeu com o PT e passou a procurar aliados para um governo próprio. Ele tinha na manga a carta de um passado político sem grandes escândalos, mas isso mudou.

Segundo Joesley Batista, enquanto era ministro da Agricultura no governo Dilma, Andrade foi responsável por apresentar o empresário da JBS a Eduardo Cunha. Segundo a delação, Cunha e o empresário acertaram propinas de R$ 7 milhões em troca de regulamentações feitas pelo ministério. O dinheiro, conforme a delação, foi depositado na conta do operador Lúcio Bolonha Funaro, ligado a Cunha e que está preso.

Além disso, o vice-governador de Minas já havia sido citado na delação da Odebrecht, na qual o ex-executivo Benedicto Júnior disse que Andrade, identificado pelo apelido de “Wanda”, repassou R$ 275 mil em caixa dois à campanha de Andrade para deputado federal em 2010, para apoiar projetos de interesse da empresa durante seu mandato na Câmara dos Deputados.

A crise na parceria PT-PMDB continua e se agrava: nos últimos meses, Pimentel passou a substituir os cargos indicados por Andrade no Estado. O peemedebista, então, se aproximou da oposição e discute compor uma possível gestão com antigos aliados do senador afastado Aécio Neves (PSDB).




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