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READMISSÃO DE ANDREIA PIRES | Jovens e trabalhadores pela readmissão de demitida política da JBS-Friboi

sexta-feira 21 de agosto de 2015 | 00:05

Na madrugada do dia 20 de agosto, estudantes e professores, foram junto a Andreia Pires, panfletar na porta do centro de distribuição alimentício, onde se localiza uma das principais plantas da JBS, no quilômetro 26,5 da Anhanguera.

A ação faz parte de um plano de luta pela readmissão da companheira concomitante a campanha de denúncias contra os ajustes e cortes pelos governos estaduais e federal que tem acontecido Brasil a fora e que descarregam os efeitos da crise econômica nas costas dos trabalhadores, inclusive retirando direitos conquistados a base de muitas lutas no passado, como a MP 664 e 665 que, dentre outros, determinam novas regras para acesso a benefícios previdenciários como, por exemplo, abono salarial, seguro desemprego e auxílio doença que ataca a aposentadoria e o PL 4330 que amplia os setores que poderão ser terceirizados. Num país recordista mundial de acidentes de trabalho e, até por causa dos riscos, que o trabalhador fica menos tempo em um emprego, esses ataques se potencializam.

A maior exportadora do mundo de carnes possui um currículo amplo de processos trabalhistas: péssimas condições de trabalho, por vezes insalubre, assédio moral, perseguição ao direito de organização política de seus funcionários, demissões arbitrárias, dentre outros.

Em janeiro deste ano, os trabalhadores da unidade de Osasco organizaram um movimento de questionamento sobre a cobrança das refeições, antes não descontadas. Andreia ajudou a organizar um abaixo assinado que obteve muita repercussão no seu local de trabalho. Mesmo como membro da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) e dentro do seu período de estabilidade, a empresa demitiu Andreia. Além de ilegal, demitindo um membro da CIPA, a empresa evidencia seu descaso com a segurança do trabalho, algo que a companheira conhece de perto a partir de sua função de limpeza do maquinário da JBS.

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes, Derivados e dos Frios de São Paulo, dirigido pelo Partido da Causa Operária, mantém uma atuação muito aquém da necessária neste momento de maior ataque aos trabalhadores. Precisamos de uma atuação incisiva, apoiada na organização de base dos trabalhadores para reverter esse cenário em benefício de nossa classe, a classe trabalhadora. Sindicatos como o SINTUSP (Sindicato e Trabalhadores da USP) e a central sindical CSP-Conlutas deram, a partir deste caso e de outros, exemplos de como tomar ataques específicos a um trabalhador a todos de conjunto, se colocando e defesa de Andreia e outros trabalhadores e movimentos sociais constantemente atacados e criminalizados por se colocarem em luta.

A juventude também pode e deve cumprir um papel importante, tomando este ataque e tantos outros como se fossem a ela mesma, já que isso nos mostra o que os governos e os grandes empresários estão preparando para o nosso futuro: falta de emprego, educação, saúde, encarceramento que, com a lei antiterrorismo e redução da maioridade penal, criminaliza todos aqueles que ousam se levantar contra as injustiças e resolve a falta de direitos que levam à prática de crimes com celas, enquanto não pune políticos corruptos e patrões que descumprem os direitos trabalhistas.

Através do e-mail [email protected], o Esquerda Diário se compromete a ser um instrumento de fomento às lutas dos trabalhadores, podendo estes enviarem denúncias de toda forma de abuso em seus locais de trabalho e estudo.




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