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POR UMA INTERNACIONAL DA REVOLUÇÃO SOCIALISTA | Agrupação Internacional Pão e Rosas

No último 8 de março a terra tremeu com as multitudinárias mobilizações na #ParalisaçãoInternacionalDeMulheres. A agrupação Pão e Rosas foi parte ativa deste movimento e luta pela construção de um feminismo socialista.

quarta-feira 26 de abril de 2017 | Edição do dia

Leia na íntegra o manifesto "Construamos um Movimento por uma Internacional da Revolução Socialista

No 8 de março passado a terra tremeu com as multitudinárias manifestações na comemoração ao dia internacional da mulher trabalhadora sob a consigna #ParalisaçãoInternacionalDeMulheres. Essa consigna não caiu do céu: foi se forjando nas recentes e massivas lutas das mulheres contra a violência machista e os feminicídios como na Argentina, Chile, México e Itália; pelos direitos reprodutivos e o direito ao aborto como na Polônia, Irlanda e Coreia do Sul; contra a diferença salarial entre mulheres e homens como na França e Islândia ou em mobilizações contra a misoginia de Donald Trump.

O que estamos presenciando é um verdadeiro movimento internacional encabeçado pelas mulheres de diversos países do mundo. Esse movimento é a contracara dos embates da direita a nível mundial e o aumento do discurso misógino personificado por Trump. Fica em evidência que os direitos conquistados durante as últimas décadas no marco das democracias capitalistas não eliminaram a opressão patriarcal nem tampouco a exploração. Por isso mesmo que a ideia sustentada pelo feminismo liberal de que a emancipação é uma questão individual está entrando em crise.

Nossa corrente internacional é parte ativa deste movimento há anos, e lutamos de dentro dele para construir um feminismo socialista. A agrupação Pão e Rosas, levantada pelos grupos da Fração Trotskista pela Quarta Internacional e independentes, tem presença na Argentina, Chile, Brasil, México, Estado Espanhol, Bolívia, Alemanha, França, Estados Unidos, Uruguai e Venezuela. Em países como Argentina e Chile, onde o movimento de mulheres mobiliza centenas de milhares de pessoas pelo NiUnaMenos, o Pan y Rosas é a principal corrente militante de mulheres.

A história demonstra que as mulheres trabalhadoras, as mais oprimidas entre as mulheres e as mais exploradas entre os proletários, constituem um ator central na luta pela emancipação. Foram elas que abriram o caminho ao processo revolucionário mais grandioso da história do movimento operário: a Revolução Russa. Participar do movimento de mulheres para organizar as trabalhadoras e estudantes a partir de um feminismo socialista e revolucionário é fundamental no caminho à construção de fortes partidos revolucionários e para reconstruir a Quarta Internacional.

O movimento internacional de mulheres que está surgindo nos impõe o desafio de dar um salto nesta perspectiva. Neste 8 de março demos um passo importante nessa direção, lançando um manifesto internacional do Pão e Rosas. Abraçando com orgulho o legado e a tradição do feminismo socialista; nos colocamos o dever irrenunciável de impulsionar as lutas das mulheres por melhores condições de vida e pelos direitos democráticos mais elementares; sustentando que as mulheres e os homens que conformam a classe operária encontrarão um aliado entre aqueles que buscam emancipar-se do jugo da opressão que pesa sobre a cor de sua pele, pela sua sexualidade, seu gênero, sua etnia; pronunciamo-nos pela independência política da classe operária frente aos capitalistas e pela construção de partidos revolucionários a nível nacional e internacional, sustentamos que a libertação da opressão contra a mulher só poderá ser definitivamente alcançada quando destruirmos todos os vestígios dessa sociedade baseada na exploração e opressão de milhões de serem humanos e construamos, sobre suas ruínas, uma nova sociedade socialista.

Manifesto Internacional da agrupação de mulheres Pão e Rosas




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