O DCE e nem nenhum CA podem naturalizar essa situação que pode levar a trabalhadores passarem fome dentro da universidade.
quarta-feira 11 de março de 2020 | Edição do dia
Imagem: Uerj/Divulgação
Essa dura realidade volta assombrar os trabalhadores terceirizados da UERJ. Durante os períodos de maior crise, durante 2016-2017, essa prática do governo e da reitoria fez milhares passarem fome e trabalharem sem salários por meses a fio, para depois realizarem uma demissão em massa. Muitos ainda buscam seus direitos. Nesse momento, a universidade está passando por reformas estruturais, uma das maiores da sua história, e é absurdo que ao mesmo tempo, trabalhadoras terceirizadas fiquem sem salário.
Um dia de salário atrasado já impacta fortemente a vida dessas trabalhadoras da empresa APA. Significa prejuízo, não ter o que comer, ainda mais para quem já enfrenta a ausência de direitos e salários menores. Uma das terceirizadas que não quis se identificar disse tem 4 folhas de pagamento em atraso e a reitoria disse que não vai assumir dívida antiga, o que é um absurdo pois é uma dívida que a UERJ tem com essas trabalhadoras. De acordo com outro relato de uma terceirizada, essa afirma que a reitoria já realizou os pagamentos às empresas.
Isso é fruto de políticas contínuas de terceirização nas universidades e no país, chegando até o termo de “uberização”. Não vamos aceitar que esses salários não sejam pagos. Exigimos uma resposta da reitoria e que os salários sejam pagos imediatamente. As terceirizadas são funcionárias da UERJ como qualquer outra e devem ser tratadas como tal, lutamos pela efetivação sem a necessidade de concurso já!
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