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RODOVIÁRIOS PORTO ALEGRE | A urgência do Marchezan é manter os lucros dos patrões

O projeto de lei que propõe retirar a obrigatoriedade de cobradores em Porto Alegre, em determinadas faixas horárias e dias, que em suma é um sinal verde da prefeitura para os empresários de ônibus demitirem em massa, sofreu um recuo em sua tramitação na Câmara.

quinta-feira 12 de dezembro de 2019 | Edição do dia

Vários aspectos podem ser apontados para esse recuo, o que não inclui a atitude tímida, pra dizer o mínimo, do Sindicato dos rodoviários (Stetpoa), que pouco se mobilizou para resistir a esse ataque do governo Marchezan. Por outro lado, o efeito pré-eleitoral para a prefeitura e a própria câmara, deixa muitos vereadores desconfortáveis em votar a favor de um projeto que pode gerar desemprego para 3500 cobradores. Sim, de fato serão milhares demitidos em Porto Alegre, embora Marchezan e o grupo RBS minta o tempo todo, negando o que é óbvio, de maneira a convencer a população de que não há nada demais no projeto.

Embora muitos trabalhadores apostem em atos puxados por candidatos a caudilhos, desorientados e até caricatos, não é difícil perceber que a melhor estratégia para derrotar Marchezan seria somar forças com outros trabalhadores. Por todo os rincões do RS se sente o avanço das políticas neoliberais, comandadas aqui por Eduardo Leite, que atende uma demanda de Jair Bolsonaro e sua criminosa equipe econômica, que atua pra destruir a classe trabalhadora, fazendo com que trabalhemos até morrer. Se somar a luta dos professores em greve, com os rodoviários e trabalhadores do município, podemos parar Porto Alegre, marchar pela cidade, dando um duro golpe em Marchezan e Eduardo Leite, além de mandar um forte recado a Bolsonaro. De fato resistir e se preparar para contra atacar a esses ataques.

O argumento principal do prefeito é a defesa da modernidade e de baixar o custo da passagem. Na verdade a única preocupação desses governos, que são o balcão dos interesses da burguesia, é manter intocável a margem de lucro desses empresários de ônibus, que construíram seus patrimônios às custas da população, submetida a um serviço sem qualidade e caro, e aos trabalhadores do transporte que a cada ano vêm sofrendo perdas e mais perdas em cada acordo coletivo com a cumplicidade de um sindicato inoperante.

Não vemos URGÊNCIA do prefeito em garantir qualidade à população, no transporte coletivo, quando permite que os passageiros sejam submetidos diariamente a longas esperas, a ônibus sem ar condicionado funcionando, a uma frota envelhecida e sucateada, a fusões de linha, a extinções de horários e a ônibus, por consequência, cada vez mais raros e lotados.

Nos cabe, nesse embate, com governos, que são representantes dos interesses patronais, tomar a gestão do transporte para a população e trabalhadores, garantindo a prestação de um serviço essencial com a única finalidade de operar com qualidade, segurança e eficiência.

A classe trabalhadora tem que parar de pagar a conta da crise capitalista, enquanto os patrões ficam intocáveis, e mantendo seus lucros a custa de suor e vidas de trabalhadores. Nenhum trabalhador na rua! Nenhum trabalhador a menos pra sustentar essa patronal parasitária! Se tiver que demitir em nome do lucro, então que os trabalhadores "demitam" a patronal. Que as empresas sejam estatizadas, e colocadas nas mãos dos trabalhadores e da população, para que nunca mais o povo de Porto Alegre se torne refém dessa classe parasitária que nos explora.




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