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ESTADOS UNIDOS | A proibição de imigrantes de Trump: tão americano quanto uma torta de maçã

Quando os democratas argumentam, que a proibição de imigrantes é uma política não-americana, eles ignoram a longa história americana das políticas xenófobas.

terça-feira 31 de janeiro de 2017 | Edição do dia

No domingo, a minoria do senado liderada por Chuck Schumer (D-NY) concedeu uma conferência de imprensa em que ele falou contra a ordem executiva do Trump de bloquear a entrada de pessoas de sete países muçulmanos. Com lágrimas nos olhos, ele disse, "Essa ordem executiva é de espírito malvado e não americana."

Claro, Schumer não mencionou que a lista de países foi primeiramente criada pelo bipartidário programa restrito de vistos, o Visa Waiver Program Improvement and Terrorist Travel Prevention Act. Esse ato passou na maneira bipartidária e aprovada pelo Obama em 2015. Schumer também deixou de mencionar que esses são os países que na administração de Obama foram atacados a uma taxa de três bombas por hora em 2016.

Em seu pronunciamento público, Schumer sugeriu que o grupo bipartidário de legisladores deveria formular um plano de imigração para conter a reacionário ordem de Trump. Ele continuou, "Lágrimas estão correndo pelo da estátua da liberdade esta noite como uma grande tradição dos EUA, receber bem os imigrantes, que existe desde de que America foi fundada, foi passada por cima."

Enquanto ele argumenta que a ação de Trump é contrária a tradição americana, isso é completamente falso; o governo estadunidense sempre teve elementos anti-imigrantes e políticas. A seguir vão quatro exemplos que ilustram essa característica:

O ato de sedição e alienação

O ato de sedição e alienação foi assinado em lei por John Adams, o segundo presidente dos Estados Unidos, em 1798. A lei aumentava os anos de residência no país para poder pedir a cidadania indo de 5 para 40 anos. Isso também tornou impossível para pessoas de "nações inimigas" para nunca se tornarem cidadãos americanos. Imigrantes estão sujeitos a deportação se eles são considerados "perigosos para a paz e a segurança da nação dos EUA."

O fato é que o segundo presidente dos Estados Unidos assinou uma política contra a imigração tornando-a lei revela o comprimento do histórico precedente a ser seguido.

O ato de exclusão do Chineses

O ato de exclusão dos Chineses passou em 1882 e continuou nos livros em várias formas por mais de 100 anos. O ato de barrar os trabalhadores chineses de entrarem nos EUA e negar cidadania a qualquer chinês já residente no país. Em 1943, os chineses ganharam o direito de se naturalizar e para alguns chineses foram permitidos o direito de imigrar - apesar desse número ser mantido em 105 por ano. Em 1968, este limite se tornou mais flexível com um limite anual de no máximo 20.000 pessoas podendo entrar de qualquer país fora do hemisfério ocidental.

O ato de exclusão explicitamente racista dos chineses é um claro exemplo do jeito que a xenofobia e a geopolítica tomam forma nas políticas americanas.

Acampamento de internação Japonês

O campo de internação japonês também demonstrou o racismo e a xenofobia percorreu durante a história americana. Durante a segunda guerra mundial, de 110.000 a 120.000 descendentes de japoneses foram cercados e forçados ao internamento nestes campos simplesmente pela sua ancestralidade e independente de sua cidadania, A noção racista que o povo Japonês era inimigo nacional e potenciais terroristas ecoam hoje nas chauvinistas, anti-muçulmanas políticas e discursos da administração do Trump.

O ato patriota

O ato patriota de 2001, assinado por George W. Bush, e a sua renovação assinada por Barack Obama, preparou o terreno para a proibição de imigrantes muçulmanos de Trump. Depois dos ataques de 9/11, o ato patriota foi aprovado, expandindo o poder do governo para procurar e investigar pessoas e trabalhos sem um mandato. Isso também abriu caminho para a detenção de imigrantes muçulmanos suspeitos de "terrorismo" por tempo indeterminado, resultando na segmentação nacional e na vigilância de muçulmanos pelo governo estadunidense.

Políticas xenófobas são profundamente americanas

A mentira que a política anti-imigração é de alguma forma uma nova introdução para a tradição americana é perpetuada pelo partido democrata de um jeito inteiramente funcional para a sua mensagem: demonizar o partido republicano e discutir que somente os democratas podem manter a "grandeza" da America. Isso é designado a desencorajar o público a questionar o racismo e a xenofobia que percorrem a história americana, colocando a culpa inteiramente nos republicanos por esse "momento" xenófobo e racista. Essa falsificação dos democratas, mascara a sua participação na formação desta história reacionária.

A ideia dos Estados Unidos como uma nação aberta para todos os imigrantes é uma fala, contradita pela história da nação. A estátua da liberdade está escrita com palavras que foram descartadas pela história. As palavras de Schumer gotejam com a hipocrisia de alguém cujo partido aprovou o bombardeio contínuo da região que contém os sete países quais os cidadãos estão atualmente proibidos de entrar nos Estados Unidos, deportou mais imigrantes do que qualquer outro e abriu as portas para os ataques da administração de Trump.




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