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PRÉ-CANDIDATO | A pré-candidatura de Alckmin é uma afronta aos professores e servidores de SP

Pré-Candidato a presidência, Alckmin quer fazer as barbaridades que fez com a educação de SP a nível nacional.

Maíra MachadoProfessora da rede estadual em Santo André, diretora da APEOESP pela oposição e militante do MRT

sexta-feira 13 de julho de 2018 | Edição do dia

Alckmin fez, durante cerca de 13 anos de governo, uma completa barbárie na educação de São Paulo. Promoveu milhares de demissões de professores, começando em 2014, com a demissões em massa de mais de 20 mil professores e continuou nos anos seguintes, sendo dezenas de milhares de professores que perderam seus empregos. Houve também exoneração, porque os professores não aguentam os baixos salários, sofrendo arrocho salarial por 4 anos e tendo o menor salário do Brasil.

As salas de aula estão super lotadas, fazendo com que os estudantes não tenham perspectivas de estudar em uma escola totalmente precarizada, aumentando a evasão escolar. Os professores praticamente têm q pagar para trabalhar porque não têm materiais escolares. As escolas estão caindo aos pedaços e sendo fechadas pela Reorganização escolar que Alckmin promoveu.

A reorganização foi barrada pelos estudantes secundaristas em um forte movimento de ocupação de escolas, que mostraram para o governo Alckmin que os estudantes não deixariam ele acabar com a educação. Eles foram vitoriosos apesar de terem sido brutalmente reprimidos pelo governo por lutarem em defesa da escola pública, contra a reorganização escolar que significava fechar escolas.

Essa reorganização, porém, aconteceu de forma clandestina e velada, fechando centenas de milhares de salas de aula durante esses anos, o que significa dezenas e dezenas de escolas inteiras. Acabando também com a Educação de Jovens e Adultos (EJA). Passando também a responsabilidade do ensino para os municípios de São Paulo. Deixando os professores sem saber o q fazer com seus cargos, já que suas escolas estão sendo fechadas.

Além disso, o governo vem promovendo bonificação por mérito, culpabilização dos professores e estudantes pelos maus resultados nas provas de avaliação que o governo impõe. Controle do que os professores passam em sala de aula, sem possibilitar o debate de opiniões.

O governo Alckmin também vem privatizando setores da escola, como a merenda e a gestão. Tentou implementar o Contrato de Impacto Social, que permitia privatizar escolas inteiras, sendo passadas para as mãos de empresas que iriam gerir as escolas a partir de metas, que, além de privatizar, transformaria as escolas em verdadeiras empresas, retirando o conteúdo, a relação professor e aluno.

Essas medidas vem no sentido de precarizar cada vez mais a educação pública, implementando ajustes e a reorganização para implementar com tudo a Reforma do Ensino Médio.

Alckmin quer implementar a nível nacional os ataques à Educação Pública que implementou em São Paulo, sucateando para privatizar as escolas e, logo, aumentar o lucro dos empresários. Subordinando ainda mais o país ao imperialismo com o pagamento de trilhões de reais a fraudulenta Dívida Pública que deveriam ser gastos com melhorias sociais para a população.

É necessário uma alternativa de fato dos trabalhadores, que passa por se espelhar nos exemplos dos estudantes secundaristas que barraram a Reorganização Escolar, nos professores e servidores municipais de SP que barraram a reforma da previdência do Doria, exigindo o não pagamento dessa dívida ilegitima e fraudulenta, que é um verdadeiro saque as riquezas do nosso país.




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