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INTERNACIONAL | A poderosa classe operária francesa pode abrir um novo ciclo da luta de classes na Europa

Nesta última semana, os trabalhadores franceses estiveram à cabeça dos protestos. O 26M foi uma jornada de protesto massiva encabeçada pelos trabalhadores das refinarias, pelos portuários e pelas centrais elétricas, e atingiu em vários setores privados: desde a produção de submarinos nucleares, passando pela Amazon e a paralisação de automotrizes como a Peugeot. Na mesma semana, a luta na França inspirou os ferroviários belgas a fazerem uma “greve surpresa” contra a patronal e paralisar o transporte em Bruxelas contra a reforma trabalhista.

André Barbieri São Paulo | @AcierAndy

quinta-feira 2 de junho de 2016 | Edição do dia

Apesar das ameaças do presidente “socialista” francês, Hollande, de que não permitiria que a economia fosse afetada pelas manifestações, os trabalhadores seguem confiando em suas próprias forças, enfrentando a violência policial junto aos estudantes, provocando desabastecimento nos postos de gasolina e cortes de energia com bloqueios das centrais nucleares. A imprensa oficial, nacional e estrangeira, critica os piquetes e bloqueios, com temor este espectro anticapitalista que começa a surgir no país conhecido como o berço da revolução. A resposta dos trabalhadores: pela terceira vez, bloquearam a impressão dos jornais que estão contra a greve geral!

Esta luta espetacular dos operários franceses, em aliança com a juventude, tem como objetivo a derrubada da reforma trabalhista, que tem 70% de rejeição da população.
Um triunfo dos trabalhadores e da juventude na França traria uma rajada de ar fresco para a luta de classes para a Europa e todo o mundo, inclusive para os brasileiros que se vem enfrentados com a ameaça de retirada de direitos trabalhistas pelo Congresso do golpista Temer.

Uma batalha de classe que, para além do resultado, abre possivelmente um novo ciclo de luta de classes na França e talvez na Europa. Para os leitores do Esquerda Diário, é central seguir essa luta pois é o confronto mais importante e prolongado dos trabalhadores num país central como é a França, a quinta potência imperialista, contra os efeitos da crise mundial aberta em 2008.




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