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#MarcoTemporalNão | A luta continua! Apesar do adiamento indígenas mantêm mobilização com grande marcha em Brasília

Ontem o STF adiou novamente o julgamento do Marco Temporal, tentando desmobilizar a histórica força que os indígenas expressaram ao longo da semana. Hoje os dias em marcha na Esplanada dos Ministérios deram o recado: a luta continua!

sexta-feira 27 de agosto de 2021 | Edição do dia

Mais uma vez o STF decidiu adiar o julgamento da criminosa tese do Marco Temporal. A votação inicialmente prevista para quarta, já havia sido adiada para quinta devido a outro ataque que o tribunal tinha pressa em dar seu aval, a autonomia do Banco Central. Agora o julgamento será realizado na próxima quarta-feira (01/09).

É preciso lembrar que o STF já havia adiado o julgamento em junho, quando os indígenas também se acamparam em Brasília para protestar contra o STF e também contra o Congresso que votava a PL490 na Comissão de Constituição e Justiça. Entre o primeiro adiamento e agora o STF só conseguiu aumentar a mobilização dos indígenas que durante essa semana organizaram a maior mobilização do movimento, desde a Constituição de 88.

Para a próxima votação alguns povos já anunciaram que permanecerão acampados em Brasília até lá. A decisão foi deliberada após uma reunião entre os diversos povos em que muitos manifestaram a vontade de permanecer. Isso é expressão da revolta indígena contra a arbitrariedade do STF que vem buscando desmobilizá-los. Após a plenária os indígenas seguiram em uma marcha cheia de revolta contra o agronegócio, o judiciário e o governo Bolsonaro.

A luta indígena mostra o caminho. É preciso se inspirar na potencialidade mostrada pela mobilização dos indígenas, que faz os ministros do Supremo tremerem e adiarem votação após votação, buscando fugir da pressão popular. Os sindicatos e entidades estudantis deveriam estar cercando essa luta de solidariedade, tomando de exemplo essa força dos indígenas para incendiar em cada local de trabalho e estudo suas bases que também são vítimas dos ataques perpetrados por todo esse regime golpista. Um verdadeiro plano de lutas, tomando como ponto de partida a unidade em relação a luta dos indígenas, poderia estar sendo convocado para barrar o Marco Temporal, a Reforma Administrativa, a privatização dos Correios e todos os ataques.




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