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Há um mês atrás foi assassinado o fundador da Roopbaan, a primeira revista LGBT de Bangladesh, pais onde a relação entre pessoas do mesmo sexo é considerada um delito. Entretanto, uma jovem geração esta desafiando a repressão e o medo para avançar na luta.

Faz dois anos, a comunidade LGBT de Dasca, a capital de Bangladesh, consegue aproveitar as marchas do ano novo Bengali, para manifestar-se, apesar das proibições e ameaças. E asseguram que voltaram a fazer.

A coragem é necessária para ser ativista LGBT em um pais onde a crença é unida ao Estado, e exerce forte pressão as relações de pessoas do mesmo sexo, as quais, ainda estão tipificadas como delito pela lei 377, de herança colonial e que pode condenar de dez anos até prisão perpétua.

Antes da implantação do domínio colonião, as pessoas trans, eram um setor respeitado na sociedade. A lei 377 não condena sempre a prisão, algumas vezes os policiais pedem suborno as pessoas LGBTs.

Segundo os ativistas, em numerosas ocasiões são membros da policia que os sequestram para exigir dinheiro das pessoas LGBTs, já que sabem que a lei da a policia impunidade para agredir e chantagear.

Frente a esta situação hostil, o ativismo tem se mantido, a força, tradicionalmente clandestino. Assim, existe organizações que levam décadas de ativismo escondidas em Bandhu, que se formou nos anos 80 para fazer testes de AIDS, na época de maior explosão do vírus, faziam também bailes de dragqueens e debates estratégico.

A organização também se desenvolveu através de novas tecnologias, criando fóruns na internet como BoB, Boys of Bangladesh. O responsável, de pseudônimo Rajeeb, afirma que “nos últimos cinco anos vem tendo maior visibilidade nosso movimento”.

A comunidade LGBT tem muita valentia. Querem deixar de se esconder. Vem surgindo pequenas plataformas e grupos nas redes sociais. A eclosão da internet e dos smartphones vem permitindo que mais gente tenha acesso a informações e possa conhecer o que acontece em outros lugares.

Entretanto, como disse Rajeeb, desde um ano uma jovem geração quer passar da resistência, a visibilidade. Junto as primeiras manifestações em Daca, outro importante desafio para seguir lutando esta na publicação dos primeiros materiais de temática LGBT em Bangradesh, destacando o Roopbaan, a principal revista de Bangladesh desde 2014, cujo diretos Xulhaz Mannan foi recentemente assassinado.

Os ativistas sabem que a visibilidade pode custar-lhes a vida, ou ter outras conseqüências de maior repressão policial, assim é um passo a se dar em um terreno árduo. Um ativista, de pseudônimo Jehangir, reflete “nos beneficiamos da ignorância, muita gente não sabe o que significa o arco-iris em nosso país. A próxima vez que saímos as ruas teremos mais problemas por conta de Mark Zuckerberg e o filtro no facebook, que se tornou uma moda”.

Em um pais semicolonial de 160 millhões de pessoas, onde a população pobre é explorada como mão de obra barata para as multinacionais ocidentais em condições próximas a escravidão, e de inseguridade como o desabamento do prédio Rana Plaza em 2013, onde morreram 1.100 trabalhadores, a luta por organizar a classe trabalhadora também é uma necessidade para boa parte da juventude LGBT, que quer se organizar de forma viável.

Rajeeb comenta que “a discriminação que sofre a comunidade não esta muito documentada. Devido ao estigma, a gente afetada se limita a pagar subornos. A classe desempenha um papel importante. Se é parte de uma classe baixa sobre mais discriminação”.

Em todo mundo as pessoas LGBT são oprimidas, contudo em Bangladesh, é um dos 75 países onde se pode ser preso apenas por ser LGBT, sendo que desses 75, em 8 países a pessoas pode ser condenado a morte, sendo que em muitos casos o aparato legal é herança da origem colonial européia.

Entretanto, uma jovem geração LGBT em Bangladesh não quer continuar em silencio, e sim continuar em luta para acabar com a discriminação, o suborno e a perseguição que sofrem, para combater a opressão sobre suas vidas.




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