Neste último sábado, a entrevistada pelo programa Esquerda em Debate foi Isabel Loureiro, professora aposentada do Departamento de Filosofia da UNESP-Marília, autora dos livros Rosa Luxemburgo: dilemas da atuação revolucionária e A revolução Alemã: 1918-1923 pela editora UNESP, colaboradora da Fundação Rosa Luxemburgo e da Escola Nacional Florestan Fernandes. O programa, impulsionado pelo Esquerda Diário e pelo suplemento Ideias de Esquerda, com Diana Assunção, promove debates entre intelectuais e militantes de esquerda acerca dos principais temas da atualidade, visando também contribuir na discussão sobre como combater Bolsonaro, o regime político e o bolsonarismo, superando a conciliação de classes petista.
O debate se iniciou com o resgate da polêmica entre Rosa Luxemburgo contra o revisionismo de Bernstein e o oportunismo de Kautsky na Social-Democracia alemã, bem como sobre a atualidade deste debate para o marxismo atualmente e a luta política contra o reformismo. Um tema particular abordado ainda neste assunto foi sobre a relação entre espontaneidade e os sovietes no escrito Greve de massas, partido e sindicatos, escrito em 1905 sobre a primeira revolução russa. A discussão seguiu com a exposição da visão de Isabel sobre o debate da relação entre espontaneidade e consciência e as massas com o partido, tanto em Rosa como nas polêmicas no seio da tradição do marxismo revolucionário, mais precisamente o debate sobre a ruptura com a Social-Democracia alemã e a construção de um novo partido, o KPD, enquanto alternativa de direção.
O debate se encerrou com a discussão em relação às eleições presidenciais de 2022 no Brasil e de como se relaciona todo o resgate da Rosa Luxemburgo com a tarefa de derrotar o atual governo de extrema-direita de Bolsonaro.
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