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CORTES DA EDUCAÇÃO | A UNE precisa unificar a luta com os trabalhadores no dia 29

A CUT e a CTB chamaram para o dia de ontem, em Brasília, um ato virtual e a UNE chamou um ato no dia 29 contra os cortes na educação. As entidades são dirigidas pelas mesmas direções. Essa divisão nos enfraquece e fortalece os nossos inimigos, por isso batalhamos para que a entidade máxima do movimento estudantil precisa chamar a unidade com os trabalhadores frente ao dia 29.

quinta-feira 27 de maio de 2021 | Edição do dia

Imagem: Divulgação

Não há uma palavra na nota nem no site da CUT sobre os cortes massivos nas universidades federais e nem no site da UNE há qualquer chamado a unidade com a classe trabalhadora. A direção dessa entidade simplesmente aceita a divisão de pautas e assim seguimos fracos e separados ao invés de fortes e juntos para lutar contra todos os cortes de direitos. Nossa luta não é só contra os cortes nas universidades, é também contra as privatizações, a reforma administrativa e todo o conjunto de reformas que descarrega a crise na classe trabalhadora. Nossa luta é uma só.

As mesmas entidades estão levando a frente a política do impeachment, nossa luta tem que ser por Fora Bolsonaro, Mourão, e militares, por que eles são responsáveis por todos esses ataques.

A UNE repete a mesma separação que ocorreu em 2019 contra os cortes de Weintraub e a reforma da previdência, com atos separados com os trabalhadores e que diferenciou as pautas entre a reforma da previdência e os cortes na educação. Isso enfraqueceu a batalha para barrar o ataque brutal a nossa aposentadoria, que acabou aprovado.

Não podemos cometer esse mesmo erro. Essa separação é por que PT e PCdoB que dirigem a UNE, a CUT e a CTB querem canalizar a insatisfação contra Bolsonaro na via institucional para a eleição em 2022 e levam a frente a política do Impeachment que leva ao poder Mourão, um general racista, inimigo declarado dos estudantes. Não querem que saiamos vitoriosos nas ruas e nos locais de trabalho, mas que sigamos depositando nossas confianças no STF e Congresso Nacional, atores do Golpe Institucional.

Precisamos da ampla unidade de nossas fileiras, entre estudantes e trabalhadores, para barrar esse projeto que é de Bolsonaro, mas é da globo e dos empresários, de descarregar a crise nas nossas costas.

Se essa aliança entre juventude e trabalhadores se conforma, é uma potência enorme que não pode parar, mas almejar mudar todas as regras do jogo. Por isso, viemos defendendo que precisamos lutar para impor com nossa mobilização uma assembleia constituinte livre e soberana, que coloque nas mãos da maioria da população as principais decisões sobre os rumos do país, batalhando pela revogação das reformas e pela garantia de todos os direitos democráticos das mulheres, negros, LGBTs e todos os oprimidos, e com delegados eleitos, aprove medidas que ataquem os lucros capitalistas e assim se enfrentem com suas forças repressivas, para avançar em uma perspectiva de governo de trabalhadores de uma ruptura com o capitalismo.




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