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BANQUEIROS AJUSTE FISCAL | A Federação dos Bancos apoia os novos cortes do governo Dilma, por que será?

terça-feira 15 de setembro de 2015 | 00:00

Poucas horas após o anúncio dos ministros Levy e Barbosa de vários cortes no orçamento a poderosa Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) já emitiu nota saudando a medida.

Segundo a nota este equilíbrio fiscal seria uma condição indispensável e ainda uma sinalização de reestabelecimento da confiança dos investidores.
Na contramão de todos trabalhadores e mesmo de outras federações patronais os bancos concordaram inclusive com os aumentos de impostos desde que medidas estruturais sejam estudadas. Quando os bancos falam em “medidas estruturais” querem dizer direitos constitucionais como as aposentadorias, saúde, educação, o mesmo que todos grandes jornais do país clamaram em seus editoriais de domingo e segunda-feira.

A rapidez da Febraban escancara como todas as medidas de ajustes têm beneficiários certeiros. Os bancos e outros detentores da dívida pública. Para os banqueiros e para o governo Dilma todos gastos são cortáveis, menos os gastos com o pagamento da dívida pública. O reestabelecimento de um superávit primário visa dar maior garantia que as dívidas bilionárias e fraudulentas sejam honradas. Enquanto corta-se de programas como saúde e são congelados os salários, 45% de todo orçamento é destinado ao pagamento da dívida.

Leia abaixo a íntegra da nota da Febraban:

“A Febraban entende que as medidas anunciadas hoje pelos ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, refletem o compromisso do governo em promover o equilíbrio fiscal, condição indispensável para abrir caminho a retomada do desejado crescimento da economia do país.

O corte de despesas em R$ 26 bilhões visa adequar o Orçamento de 2016 à capacidade de atuação do Estado brasileiro e emite uma sinalização importante para o restabelecimento da confiança dos agentes econômicos e a retomada futura dos investimentos.

A Febraban compreende a necessidade de complementar o corte das despesas com medidas temporárias de aumento de tributos. Avalia que a contribuição sobre movimentações financeiras, tendo em vista sua ampla cobertura, menor impacto inflacionário, simplicidade e maior rapidez de implantação em relação a outros tributos, facilita o reequilíbrio das contas públicas, enquanto o governo elabora medidas estruturais de adequação das despesas. O caráter temporário deste tributo deveria ser combinado com alíquotas declinantes ano a ano para reduzir os efeitos distorcivos da taxação sobre intermediação financeira.”




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