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CPI DA COVID | A CPI dos golpistas não vai derrotar Bolsonaro e Mourão! Por uma paralisação nacional já!

Com as declarações de ontem do deputado Miranda (DEM), a CPI ficou no centro do debate de muitos brasileiros indignados com o governo genocida de Bolsonaro. Todavia, não podemos cair na ilusão de depositar nossas esperanças em uma Comissão composta por parlamentares golpistas que andam de mãos dadas com o governo na hora de aplicar os ataques contra a classe trabalhadora. Precisamos apostar em uma paralisação nacional, para derrubar Bolsonaro, Mourão e Militares com a força da nossa mobilização!

sábado 26 de junho de 2021 | Edição do dia

FOTO: EDILSON RODRIGUES/AGÊNCIA SENADO

Nos últimos meses, temos observado que a CPI da covid tem funcionado como um verdadeiro Teatro para setores da burguesia desgastarem o Governo negacionista e genocida de Bolsonaro, enquanto passam ataques profundos, como os cortes nas universidades federais que colocam em risco de fechar importantes instituições de ensino como a UFRJ e a UFBA, a privatização da ELETROBRAS e o PL 490.

O fato é que os mesmos agentes que retiraram a Dilma em 2016 para colocar Temer e depois abrir espaço para Bolsonaro, com o objetivo de avançar na retirada de direitos e precarização da vida da classe trabalhadora, protegendo o lucro dos capitalistas, são os que agora querem atuar no papel de “salvadores da pátria”. E eles desejam pintar esse quadro justamente para que o sentimento de indignação e revolta dos setores que sofrem cotidianamente com os transportes lotados, com as mortes de entes queridos, com o desemprego, com a fome, com a alta no preço dos alimentos, seja canalizado para a CPI, deslocando a centralidade da luta de classes para as vias institucionais. Dessa forma, ela acaba funcionando como um canto da sereia para retirar a classe trabalhadora de cena, o verdadeiro protagonista desta história.

Ao mesmo tempo que isso ocorre, não é possível negar que, mesmo com o desejo inicial dos capitalistas sendo o de alienação e descompressão das tensões sociais, o nível de crise e disputa entre os setores da burguesia está escalando tanto que a própria CPI pode escancarar contradições internas que estimulem a radicalização das massas.

Portanto, é urgente dizer a verdade: somente através da nossa luta, da nossa mobilização e organização, é que conseguiremos retirar Bolsonaro, Morão e todos os Militares, uma vez que através do Impeachment, bandeira que une o PSOL, PSTU até deputados do PSL, não significará o fim dos ataques, uma vez que coloca o racista declarado Mourão em seu lugar, não enfraquecerá necessariamente o regime político, dado a necessidade da unificação de 2⁄3 do congresso para passar tal medida, e não implicará na revogação dos antigos ataques.

As centrais sindicais como a CUT, dirigida pelo PT, precisam urgentemente romper com sua política de desgaste institucional de Bolsonaro rumo a 2022 e convocar um dia de paralisação nacional e que essa paralisação seja construída e discutida em assembleias de base em cada local de trabalho e estudos.

O dia 13 de julho foi indicado por setores da esquerda que convocaram a "Assembleia Povo na Rua Contra Bolsonaro" como uma nova data de mobilizações. Em torno desta data poderia ser articulada uma exigência unificada de todos as organizações de esquerda, a partir dos sindicatos e entidades estudantis que dirigem, como a CSP-Conlutas e a Intersindical, a que as grandes centrais sindicais e sindicatos ligados a elas convoquem uma paralisação nacional, que unifique os trabalhadores, estudantes e movimentos sociais, contra a divisão que as centrais sindicais e a UNE vêm fazendo, que impede a unificação das forças e das demandas dos trabalhadores e estudantes. Lutar pelo Fora Bolsonaro, Mourão e os militares, é também lutar por uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana, porque não basta mudar apenas os jogadores, é preciso mudar as regras do jogo e de todo esse regime golpista e degradado.




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