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As manifestações do Dia Internacional de Mulheres, que esse ano ocorreram no dia 9 de março no Rio, reuniu milhares pelo centra da cidade.

terça-feira 10 de março de 2020 | Edição do dia

Ontem, por volta das 17h, milhares de mulheres saíram as ruas pelo centros do Rio, marchando da Candelária à Cinelândia. O expressou a força do movimento de mulheres para conquistar seus direitos e contra os governos reacionários de Bolsonaro, Witzel e Crivella. Essa força também foi sentida nos outros atos pelo país e nas milhões de mulheres que se manifestaram mundo a fora, com destaque para o Chile, que no meio do seu processo de rebelião, 2 milhões de pessoas ocuparam as ruas de Santiago no domingo.

Após um ano do governo de extrema-direita de Bolsonaro, marcado por declarações e medidas ultra reacionárias contra os direitos das mulheres, além da aprovação de uma série de ataques como a reforma da previdência, que cairá especialmente pesado sobre as mulheres trabalhadoras, o 8 de março desse ano também é marcado pela escalada autoritária do governo, que convocou atos contra o congresso no dia 15, o que coloca desafios ainda maiores para o movimento de mulheres.

Por isso, o ato de ontem se torna extremamente importante, devindo servir como um ponto de apoio para mobilizar um forte ato no dia 14, quando completam 2 anos da morte de Marielle e principalmente na paralisação do dia 18 para que possamos barrar tanto a escalada autoritária de Bolsonaro como também as reformas que vão fazer os ataques e as reformas que vão precarizar ainda mais o trabalho feminino.

Assim como em diversas outras cidades do país, o Pão e Rosas esteve presente, lutando contra Bolsonaro e as reformas, pela legalização do aborto e por justiça à Marielle.

Apesar da potência demonstrada, a construção dessa data teve várias contradições que limitaram o impacto que poderia ter esse dia. As organizações que participaram da construção não tiveram como estratégia organizar as mulheres desde a base, construindo assembleias nos locais de trabalho de estudo e também não se ligaram às outras lutas operárias que houveram no país, como a greve dos petroleiros por exemplo.

Essa lógica de construção sem ir realmente nas bases também se expressou quando no ato, várias organizações se inscreveram para falar diversas vezes, através de suas colaterais. Isso fez com que, por exemplo, outras organizações e mulheres que participaram da construção da data não pudessem se expressar, como por exemplo o grupo de mulheres Pão e Rosas.

Por isso que nós do MRT e do grupo de mulheres Pão e Rosas colocamos todas nossas enegeria para construir desde a base uma uma grande paralisação nacional no dia 18 de março. Batalhando pela desde cada local de estudo e trabalho, com assembleias massivas, tendo nossos sindicatos e entidades estudantis como ferramentas para fomentar essa organização. Batalhando para que essas demandas sejam tomadas pelas grandes centrais sindicais e estudantis como a UNE, a CUT e a CTB.

Também nos somaremos as mobilizações que terão no dia que completará 2 anos da morte de Marielle e, desde as entidades que dirigimos, estamos lançando uma campanha por justiça à Marielle, pois não podemos aceitar que após 2 anos esse crime bárbaro que é uma ferida do golpe institucional fique sem resposta!

Veja a fala de Carolina Cacau, professora da Rede Estadual do RJ e militante do MRT e do Pão e Rosas:




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