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RODOVIÁRIOS DE PORTO ALEGRE | 5 motivos para os rodoviários irem às ruas dia 29 contra Bolsonaro, Mourão e os militares

Nesse sábado (29) estão sendo chamados protestos em várias cidades do país contra o governo genocida de Bolsonaro, de Mourão e dos militares. Todos esses parasitas que, juntos dos governadores, prefeitos, STF e todo regime do golpe descarregam a crise nas costas dos trabalhadores. Confira 5 motivos para os rodoviários de Porto Alegre tomarem às ruas nesse sábado, com concentração às 15hs em frente à Prefeitura.

sexta-feira 28 de maio de 2021 | Edição do dia

1. Bolsonaro autorizou as medidas provisórias que permitem redução de salário, suspensão de contrato e aumentam o desemprego, atingindo centenas de rodoviários.

Logo nos primeiros meses da pandemia Bolsonaro autorizou a MP 936, medida que permite todo tipo de atrocidade contra os trabalhadores. Nas garagens privadas de ônibus Porto Alegre, com a conivência de Sebastião Melo (MDB) e a participação criminosa da burocracia do sindicato da categoria, a patronal organizou um plebiscito que contou com todo tipo de fraude para justificar a aplicação do ataque. A justifica da patronal era o suposto prejuízo que estavam tendo com a redução dos passageiros naquele momento, algo que nunca foi comprovado, pois nunca tornaram público as informações dos seus livros de conta.

Um ano depois, em maio de 2021, Bolsonaro autorizou uma "nova rodada" da antiga MP, agora com novo nome MP 1.045. Porém, agora há uma enorme diferença, pois praticamente tudo está aberto e funcionando, logo, aumentando o número de passageiros. Mesmo assim a patronal segue aplicando a MP de Bolsonaro, atacando os trabalhadores e demitindo a todo custo. Muitos rodoviários enviaram denúncias ao Esquerda Diário de que os ônibus seguem cheios e os caixas batendo recordes. Ou seja, com demissões, redução salarial e suspensão de contrato a patronal dos transportes de Porto Alegre aumenta seus lucros como nunca, se aproveitando da pandemia.

2. Sebastião Melo é a continuidade a nível municipal dos planos privatistas de Bolsonaro, Mourão e Paulo Guedes.

Melo quer privatizar a Carris, entregando a centenária empresa aos seus amigos empresários. É a Carris que segue tomando várias linhas abandonadas ilegalmente pelas empresas privadas durante a pandemia. As supostas "linhas deficitárias", como alega a patronal dos transporte com a conivência de Melo, atendem milhares de trabalhadores da de vários cantos da cidade. Se não fosse a Carris essas linhas deixariam de existir

Veja também: VIDEO Contra a privatização da Carris

Assim como Bolsonaro, Paulo Guedes e toda corja golpista, Melo segue o plano de privatizar tudo que está ao seu alcance. Além da privatização da Carris, quer continuar o plano de seu antecessor Marchezan de acabar com os cobradores e atacar o meio passe estudantil, precarizando ainda mais o transporte público da capital e jogando na rua mais de 3600 trabalhadores.

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3. Seguindo, na prática, a linha negacionista de Bolsonaro, Eduardo Leite e Melo abriram tudo e permitiram a lotação dos ônibus.

O governador Eduardo Leite (PSDB), que inúmeras vezes pousou como oposição ao negacionismo de Bolsonaro, fez demagogia com sua "bandeira preta" e o suposto lockdown. Entretanto, suas medidas restritivas não garantiam renda aos trabalhadores que perderam seus postos, jogando milhares na miséria. Além disso, logo flexibilizou tudo, mesmo com o RS batendo recordes de mortes. Melo logo aproveitou o embalado e gradativamente permitiu a superlotação dos ônibus.

4. Os rodoviários são linha de frente na pandemia e seguem morrendo sem vacinação.

Os rodoviários estão entre as categorias que mais tiveram desligamento por morte neste último ano. Essa triste marca é resultado direto da política negacionista de Bolsonaro e também dos governadores e prefeitos que jogam os trabalhadores para a exposição para proteger o lucro dos capitalistas, fazendo com que o Brasil ultrapasse os 460 mil mortos por Covid-19.

Os metroviários de São Paulo conquistaram a vacinação através de muita luta, com greves, protestos e paralisações. Uma grande exemplo a ser seguido por todos os trabalhadores do país que são linha de frente e seguem morrendo na pandemia.

5. Lutar por fora Bolsonaro, Mourão e militares. Contra os cortes, reformas e privatizações. Por um transporte 100% público sob controle dos trabalhadores e usuários.

A força necessária para derrotar Bolsonaro, Mourão, os militares, Melo, Leite e todos os inimigos dos trabalhadores está na unificação entre rodoviários, professores, profissionais da saúde, estudantes, desempregados e todos que são afetados pela pandemia, desemprego e fome ao passo que carregam nas costas esse país. Enquanto as centrais sindicais, como CUT e CTB, chegaram a chamar protestos com datas separadas (dia 26/05) para não unificar trabalhadores e estudantes, não jogam todas suas energias para organizar os trabalhadores em cada local de trabalho para barrar os planos dos capitalistas e cruzam os braços esperando as eleições de 2022 para governar com Lula esse regime golpista, precisamos lutar desde já.

Não basta mudar os jogadores, é preciso mudar as regras do jogo. Batalhar para impor uma assembleia constituinte livre e soberana que revogue todos os ataques contra o povo trabalhador, acabe com as MPs de Bolsonaro e reverta todas as privatização. Por essa via é possível avançar também para questionar o transporte público de Porto Alegre como é hoje. Os rodoviários provam a cada dia que não precisam de patrão para tocar o transporte. Por isso lutamos por um transporte 100% público sob controle dos trabalhadores e usuários.




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