Vanessa OliveiraProfessora do ABC
sexta-feira 1º de dezembro de 2017 | Edição do dia
Os amigos Alex e Ailton dos Santos, foram mortos em 2014 ao serem baleados por 5 PMs em um prédio em SP.
Jovens foram assassinados em 31 de julho de 2014
“Estou indignada. Tinha tudo para irem a julgamento e serem condenados” lamenta Mara Dalla Vecchia, mãe de um dos rapazes após decisão da justiça. Na ocasião 31 de julho de 2014 o caso ganhou grande repercussão, pois 5 policiais militares foram acusados de balear e matar os jovens, sob a acusação de tentativa de roubo numa suposta invasão do Edifício Windson, na Avenida Paes de Barros em São Paulo.
Segundo a defesa, os jovens entraram no prédio com sprays de tinta para fazer pichações, e inclusive tiraram selfies dentro do elevador e postaram em redes sociais, estavam desarmados.
Mas segundo a defesa dos PMs, os dois estavam armados e entraram no prédio para roubar, houve troca de tiros e os rapazes acabaram morrendo. Na época foram divulgados os vídeos do local, mas não divulgaram o da suposta troca de tiros.
A decisão de absolvição para os policiais foi da juíza Débora Faitarone, 1 ª Vara do Júri do Fórum Criminal da Barra Funda, que salientou não haver provas contra os agentes.
Sem sequer serem levados a julgamento, os cinco policias que sempre alegaram inocência, já estavam em liberdade desde 2014.
Mesmo diante do fato de uma das vítimas ter sido baleada com 3 tiros no peito a queima roupa, e pela demora do pedido de ocorrência para central no dia do crime, a juíza não acatou as evidências da defesa e absorvei os policiais que poderão brevemente voltar a exercer sua função.
As famílias das vítimas e amigos organizaram atos na frente do Fórum, e pretendem entrar com recursos.
O que vemos é a atuação sistemática de uma instituição racista e assassina que sempre matou e segue matando sem ser julgada, protegida por uma “justiça” que continua mostrando o total descaso com a vida das verdadeiras vítimas, favorecendo sempre apenas o lado de seus interesses.
