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Precarização do Trabalho | 4 anos de reforma trabalhista: precarização do trabalho e desemprego só aumentaram

Segundo os dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) do IBGE, a taxa de desemprego atual é maior do que antes da reforma.

quinta-feira 11 de novembro de 2021 | Edição do dia

IMAGEM: Roberto Parizotti/CUT

Em meio a uma série de reformas, privatizações e seus fundamentos demagógicos por parte de Bolsonaro, Mourão e do golpismo para sustentá-los, avaliarmos as consequências de um dos principais ataques deste regime pode colocar em cheque toda essa narrativa que visa dar algum sentido para os ataques aos trabalhadores, se não a manutenção dos lucros dos empresários.

Neste marco, a reforma trabalhista que retirou direitos e impôs diversas condições precárias de trabalho nos últimos anos, tinha como defesa, a possibilidade de se criarem mais empregos a partir deste ataque, dado que para os patrões seria mais fácil explorar os seus funcionários, com a reforma.

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Passaram-se quatro anos da mesma nesta quinta-feira (11), e o que encontramos é justamente como tal discurso não passou de uma mentira deslavada do governo temer e da burguesia. Afinal de contas, o ex-presidente na época chegou a anunciar a estimação de 6 milhões de empregos em dez anos com a lei aprovada, mas, o que vemos é que o desemprego só aumentou desde então, até o momento.

Segundo os dados do IBGE, a taxa de desocupação trimestral foi se elevando nos últimos anos, saltando de 12,6% em 2017 antes da reforma para um percentual entre 13,2% e 14,7% em 2021. Além disso, outro indicador referente aos empregos, como o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), apontava em 2017 o registro de 20,8 mil vagas com carteira assinada, tendo saldos positivos de 1,2 milhão de vagas em 2018 e 2019. Porém, em 2020 e com uma revisão do Caged, o saldo caiu quase pela metade no ano passado.

Em relação aos processos trabalhistas, o número caiu de 3,966 milhões, em 2017, para 2,202 em 2021 até outubro deste ano. Algo que inclusive se deu pela medida que estabelecia o custeio de honorários dos advogados ou faltas em audiências da parte vencedora no caso de perda da ação, coibindo a iniciativa desses trabalhadores de buscar legalmente os seus direitos.

Este é o “grandioso” saldo da reforma trabalhista, realizada neste regime golpista baseado nas formas mais brutais de exploração, mas que também teve em sua conta, a própria traição das centrais sindicais que entregaram a luta contra este ataque não mobilizando suas bases. Atualmente, a possibilidade de diversas privatizações como na Petrobras ou mesmo ataques como Reformas Administrativas se apoiam no mesmo discurso demagógico de seus defensores, mas que a História desmente veementemente.

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