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MANIFESTAÇÕES NACIONAIS 3J | 3J: dezenas de milhares em todo o país enchem as ruas contra Bolsonaro

Foram registrados atos em todos os Estados e Distrito Federal, em mais de 110 cidades brasileiras e em dezenas de capitais europeias.

sábado 3 de julho de 2021 | Edição do dia

Diversas manifestações ocorreram nesse 3J, em que dezenas de milhares saíram às ruas em várias capitais e cidades do país, em repúdio ao governo Bolsonaro e sua condução da pandemia. Além dos atos nacionais, manifestações também ocorrem em outros países. Foram registrados atos em todos os Estados e Distrito Federal, em mais de 110 cidades brasileiras e em dezenas de capitais europeias.

As manifestações foram antecipadas diante do sentido de urgência que cresceu entre os jovens e os trabalhadores após os escândalos de corrupção que envolvem o governo na compra de vacinas.

BRASÍLIA

Em Brasília, milhares ocuparam a Esplanada dos Ministérios para gritar pelo Fora Bolsonaro. Ato faz parte da forte mobilização que se deu em todo o país.

BELO HORIZONTE

Desde a Praça da Liberdade, milhares de manifestantes, entre eles a maioria estudantes, mas também trabalhadores e movimentos sociais, estiveram presentes demonstrando a insatisfação contra Bolsonaro e com a condução da crise sanitária de seu governo.

SÃO PAULO

Mais uma vez a Avenida Paulista foi tomada por dezenas de milhares de manifestantes revoltados contra o governo Bolsonaro, seu negacionismo e seus esquemas de corrupção.

RIO DE JANEIRO

Desde o Monumento a Zumbi, na Av. Presidente Vargas, milhares de manifestantes seguiram em direção à igreja da Candelária, ocupando três faixas da pista.

Rio é palco de nova grande manifestação contra Bolsonaro neste 3J

PORTO ALEGRE

RECIFE

3J em Recife: cidade tem novo grande ato contra Bolsonaro

CAMPINAS

Campinas tem grande ato contra Bolsonaro neste 3J

BELÉM

O Esquerda Diário está presente com blocos em várias cidades levantando a necessidade da luta contra Bolsonaro ser também contra Mourão, e que a isso se dê a partir de uma Greve Geral convocada e construída pelas centrais sindicais em todo os locais de trabalho, junto com a juventude e os movimentos sociais.

Assim como o 29 de maio e 19 de junho, o dia de hoje mostrou mais uma vez que existe um sentimento de urgência para interromper a tragédia promovida pelo governo Bolsonaro. Mas, apesar de o PT no discurso se colocar favorável ao impeachment de Bolsonaro – onde não problematizam em nada a entrada de Mourão e o fortalecimento dos militares que isso traria –, a prática demonstra outro objetivo. A não construção ofensiva dos atos de hoje (ao contrário de ser por falta de tempo, como disseram) demonstra que o PT quer sim desgastar Bolsonaro e ir desidratando a sua força enquanto candidatura presidencial daqui até 2022, mas atua conscientemente para que essa força não extrapole e não saia do controle de suas direções, pois isso desnortearia o projeto eleitoral de Lula presidente em 2022.

A política desorganizadora e demagógica do PT fortalece a direita e suas manobras de realinhamento do regime golpista, preservando Bolsonaro e dando tempo para que haja aplicando todos os ajustes econômicos que o capital financeiro deseja. Falam que “querem impeachment” - uma saída que depende do acordo de todo o regime em colocar o reacionário general Mourão - mas nem isso querem: buscam preparar as eleições de 2022.

Os rumos das manifestações estão em disputa. É por isso que os blocos do Esquerda Diário e o MRT colocam a necessidade de uma Greve Geral já, construída imediatamente pelas direções sindicais. Isso deixaria claro que os rumos de nossas manifestações são controlados pelos trabalhadores, que podem mostrar sua enorme força parando locais de trabalho e de estudo, colocando a nossa classe para ser sujeito dos rumos da luta contra Bolsonaro, Mourão e todos os setores do regime político, para barrar os ataques e ser parte de uma luta para impor uma nova Constituinte, Livre e Soberana, que liquide os poderes estabelecidos por essas instituições e ponha nas mãos da população a solução dos grandes problemas do país. Nada disso poderia ser feito sem organismos de autoorganização, que o PT rejeita, para enfrentar a resistência dos capitalistas e seus partidos a qualquer modificação estrutural. Nesse choque entre as classes é que se abre a oportunidade de avançar a um governo dos trabalhadores, de ruptura com o capitalismo.

Confira o episódio do programa O Brasil não é para amadores, apresentado por Danilo Paris, comentando as manifestações de hoje.




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