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CRISE NO RJ | 33 municípios do estado do Rio sem recursos para pagar o 13º

Juan ChiriocaRIO DE JANEIRO

segunda-feira 19 de dezembro de 2016 | Edição do dia

A situação de aprofundamento da crise econômica do Brasil, tem no estado do Rio de Janeiro um dos casos mais críticos do país. O cenário de calamidade que afeta ao governo do estado e que parecia nunca iria chegar até as prefeituras começa a se expressar mais concretamente nos diversos municípios do RJ situação que na prática se traduz em precarização dos serviços públicos e atrasos no pagamento dos salários dos funcionários públicos.

Em matéria o jornal O Globo afirma que dos 92 municípios que conformam o estado do Rio só 28 já pagaram o 13º salário. Do restante que ainda não cumpriu, 33 prefeituras (35,8% do total) ainda não tem recursos para honrar o compromisso.
A crise que já afeta os municípios do estado expressa-se não só no atraso do 13º como tambem no atraso d pagamento dos salários de ate quatro meses em alguns municípios como Cabo Frio, município onde ja denunciamos anteriormente atrasos nos pagamentos de salários e 13º atrasados no ano de 2015 situação que se estendeu ate começo do 2016. Também teve municípios que sofreram corte de energia por vários dias em alguns prédios públicos como em Sapucaia, Itaguaí ou Barra Mansa.

Essa situação é, segundo alegam as prefeituras, devido ao atraso do repasse de verbas vindas do Estado. Em 2015 foram gastos R$171,5 milhões em repasses do Estado para os municípios. Até outubro foi repassado R$100 milhões. Esses valores em nada se comparam com os mais de R$4 bilhões gastos anualmente no pagamento dos juros e amortizações da dívida pública. Enquanto que o governo federal destina a metade do seu orçamento no pagamento da dívida pública (R$1,7 trilhões) enquanto que o repasse federal para as prefeituras foi só de R$11 bilhões ate hoje.

Em 2017 a situação tenderá a piorar e a distribuição dos recursos públicos continuará aprofundando a atual tendência de roubo dos banqueiros que consomem a metade dos recursos do país, deixando as sobras para continuar precarizando os serviços públicos. A dívida pública é um sistema de roubo, que tira todo ano parte importante das riquezas produzidas pelos trabalhadores.

O não pagamento da dívida pública e a utilização desses recursos para serem investidos no melhoramento dos serviços públicos é a campanha levantada pelo Esquerda Diário como o primeiro passo de uma resposta independente dos trabalhadores, das mulheres e da juventude para a crise econômica no Brasil. Campanha que aprofundamos no artigo "Por que a dívida pública é uma fraude contra os trabalhadores e não deve ser paga".




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