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PRECARIZAÇÃO DA SAÚDE | 3 mil leitos de UTI do SUS desativados no segundo semestre de 2020 poderiam salvar vidas

Durante o segundo semestre de 2020 leitos de UTI criados para atender infectados com coronavírus foram fechados. Somente o estado do Rio de Janeiro eliminou 632 vagas (87%) das 716 que tinham sido criadas entre fevereiro e julho. Políticas como essa, que não enfrentam o problema da Saúde, são parte da causa de mais de 200 mil mortos no país.

segunda-feira 18 de janeiro de 2021 | Edição do dia

Dos 21.651 leitos que tinham sido criados nos primeiros meses do ano em resposta à primeira onda do Covid-19, o Brasil desativou 3.009 leitos (12% do total) de UTI do SUS entre julho e outubro de 2020.

Os dados são do índice de Desigualdade na Oferta (IDO), criado a partir de um levantamento com dados das secretarias de saúde estaduais, realizado pelo Instituto Votorantim. De acordo com os dados, mais de 200 mil pessoas morreram do novo coronavírus no Brasil em menos de um ano.

Não somente o estado do Rio de Janeiro, mas o Amazonas também foi o segundo estado que mais desativou leitos de UTI do SUS, 85% deles. Hoje vemos o descaso dos governos e as consequências disso com a falta de oxigênio em Manaus, fruto da irracionalidade capitalista.

Além disso, a região Norte e Nordeste do país nem se quer têm saneamento básico suficiente para atender toda a população, estando isso por trás também da alta crise que leou novamente o colapso ao sistema de saúde em Manaus.

Nos primeiros 12 dias do ano, a capital do Amazonas, Manaus, bateu o recorde de 2.221 hospitalizações. Esse número é superior a todas as internações do mês de abril de 2020 no estado, quando o Amazonas enfrentava o pico da pandemia. Até o dia 12 de janeiro o Amazonas tinha uma fila de 58 pessoas à espera de um leito de UTI nos hospitais de referência, que poderiam ter sido atendidos com os 117 leitos que foram desativados.

Os estados da região Sudeste respondem por 51% (1.549) de todos os leitos desativados no Brasil entre julho e outubro; a região Nordeste responde por 39% (1.189); a região Norte responde por 13% (378); a região Centro-Oeste responde por 4% (130); e a região Sul por 1% (26).

O objetivo do índice é indicar as regiões mais frágeis do país quanto à oferta de leitos e também de ventiladores e respiradores. A partir dessa análise que a equipe responsável pelo levantamento notou o movimento de desmobilização da estrutura criada para combater a Covid-19 a partir do mês de agosto.

Lembrando que a negligência e o colapso no SUS do RJ é fruto do desmonte de Witzel, Castro e Crivella. Não devemos esquecer também que Bolsonaro e Dória também são culpados por tentarem fazer da pandemia um negócio lucrativo, querendo até mesmo impor aulas presenciais durante a pandemia sem que a população possa decidir.

Fonte: Folha de São Paulo




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