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DESEMPREGO | 2017: um em cada três novos desempregados será brasileiro, segundo OIT

terça-feira 24 de janeiro de 2017 | Edição do dia

Relatório da Organização Internacional do Trabalho alerta para as conseqüências da crise econômica no Brasil. Dentre os países que compõe o G-20, o Brasil será o que tem maior número de novos desempregados. O relatório aponta dados alarmantes para os trabalhadores, levando como base o fato de que nos últimos anos, entre 2016 e 2017, o Brasil já ocupava este posto de alta taxa de desempregados, que segundo a OIT deverá se manter para 2018.

No período de 2017, o número de desempregados no planeta, segundo a OIT, subirá mais 3,4 milhões, e a OIT estima que 1,4 milhões destes serão brasileiros. O número de desempregados no Brasil aumentará para 13,8 milhões, contribuindo para o aumento do desemprego mundial com 35% dos novos trabalhadores desempregados.

Os dados levam em conta aqueles que ocupavam postos de trabalho e foram demitidos, não entra na conta o imenso número de desocupados que passaram à população inativa, que depois de inúmeras tentativas desistiram de se inserir no mercado de trabalho, procurando alguma ocupação precária para sobreviver.

A pesquisa, que indica que de cada três novos desempregados em 2017, um será brasileiro, aponta outros dados alarmantes para os trabalhadores na economia mundial. O aumento de trabalho informal, causado diretamente pela falta de emprego, leva muitos novos trabalhadores desempregados a desistir da procura de emprego e sair desta estatística oficial, ocupando postos de trabalho informal, como trabalhos familiares, trabalhadores por conta própria etc. Segundo a pesquisa, estas atividades passarão a representar 42% da ocupação total no mundo todo. Quase um em cada dois trabalhadores.

O Brasil terá a terceira maior população de desempregados entre as maiores economias do mundo, perdendo apenas para a China e a Índia, países com população cinco vezes maior.

Ao mesmo tempo em que a crise econômica ceifa vidas, joga os trabalhadores que poderiam estar produzindo para a informalidade, a crise nunca foi tão lucrativa para uma meia-dúzia de empresários que detém a mesma riqueza que metade da população mundial junta. Esta outra pesquisa da Oxfam aponta: Oito bilionários capitalistas possuem a mesma riqueza que metade da população mundial.

Já no Brasil, o país do “um em cada três novos desempregados”, são seis os homens mais ricos que juntos concentram a riqueza de toda metade mais pobre da população. Era de se esperar que o governo Golpista do “não pense em crise, trabalhe” não mudasse nada disso, mas pelo contrário, aumentasse as condições de exploração através de seus ataques aos direitos trabalhistas, à CLT, e cortes nos serviços públicos.

Somente a construção de uma força anticapitalista dos trabalhadores pode dar uma saída progressiva para esta economia que lucra com a miséria social. Impondo aos empresários que batem recorde em seus lucros lucro a taxação das grandes fortunas, a redução da jornada de trabalho sem redução de salário para que todos tenham emprego. A abertura dos livros de contabilidade das empresas que dizem estar falindo e anunciam demissões, enquanto que as empresas que estejam sendo fechadas devem ser colocadas para funcionar sob controle dos trabalhadores.




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