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2017 tem de ser ano de luta contra Temer e seus ataques

Em um texto recheado de mentiras, Michel Temer faz de tudo para tentar convencer os trabalhadores e setores populares da sociedade de que as suas medidas vão trazer benefício para todos e tirar o país da crise.

quinta-feira 29 de dezembro de 2016 | Edição do dia

Depois de ter anunciado um ’’presente de maldades’’ de natal para os trabalhadores, Michel Temer publicou uma nota paga na imprensa dizendo inúmeras mentiras. No texto, Temer afirma que quando o governo tomou posse efetiva (ou seja, quando o golpe institucional foi consolidado), a situação econômica e social do país estava gravíssima. O atual presidente afirma que teve a coragem de tomar medidas que fizeram a inflação cair, permitindo a queda responsável dos juros. Além disso, Temer afirma que instituiu o teto nos ’’gastos públicos’’.

No texto publicado, Temer afirma também que as ações das estatais subiram acentuadamente, além do saldo positivo do comércio exterior ser de 45 bilhões de dólares. No final, Temer afirma que a situação econômica inspira muitos cuidados e que estes são os primeiros passos para o país entrar nos trilhos, para transformar a vida desta geração de brasileiros e garantir o futuro das próximas gerações.

De acordo com o site UOL, Temer fará o seu último pronunciamento neste ano dizendo que "2017 não será uma prorrogação de 2016. Se Deus quiser, venceremos a crise. Saindo da crise, teremos a empregabilidade. Não quero me iludir nem iludir ninguém, mas o desemprego será um tema a ser elucidado a partir do segundo semestre do ano que vem, quando ele deve começar a cair. Sabemos da angústia do desemprego, que perturba as pessoas e cria um sentimento de instabilidade muito grande."

O presidente pediu que todos "façam um pensamento bem positivo para consolidar essa ideia de renovação e esperança, não só para o governo, como para todos os brasileiros".

O balanço que ele faz sobre as medidas do governo federal ocorreram graças ao apoio de deputados e senadores. Em suas palavras "Ao falar do apoio do Congresso Nacional, não canso de dizer que o Executivo governa junto com o Legislativo".

No ano que vem Temer afirmou que vai encaminhar novas reformas ao Congresso. "Nós não vamos parar. Este governo vai ser um governo reformista. Por que não levar então agora adiante a reforma tributária?"."O Executivo vai empenhar-se na reforma tributária, quem sabe até numa simplificação do sistema tributário nacional. É mais uma reforma que queremos patrocinar. Como também a reforma política, que também terá nossa participação. Se levarmos mais duas reformas adiante, teremos completado cinco, todas de caráter constitucional’’, completou.

2017 tem que ser um ano de luta!

Temer é um cínico. Ele tenta fazer uma propaganda mentirosa e falsa de suas medidas impopulares, dizendo que vai trazer benefícios para ’’todos’’. Na verdade, o que o atual presidente quer é aprofundar a miséria no país, sucateando os serviços públicos com a PEC 55/214, mais conhecida como a PEC da morte, fazendo com que os trabalhadores trabalhem até morrer e facilitando para que os patrões demitam, aumentem a jornada de trabalho e terceirizem.

Ele sabe que estas medidas e o seu governo são extremamente impopulares. O grande medo de Temer é que 2017 seja um ano de resistência para os trabalhadores e demais setores setores populares da sociedade. Por isso que ele tem que ir para a televisão demonstrar todo o seu medo da força dos trabalhadores, pedindo covardemente para que todos tenham pensamento posítivo para que o Brasil cresça.
Além de tudo, Temer é mentiroso. Com o seu governo, o que podemos observar é que a crise econômica no país cada vez mais vem se aprofundando. Ao contrário da imagem falsa e mentirosa que ele tenta passar, tudo indica que o próximo ano será de continuidade ou até de aprofundamento da crise econômica que o país está passando.

Não dá pra confiar em um governo que está extremamente envolvido com empreiteiras corruptas como a Odebrecht, que faz discurso para que os trabalhadores apertem os cintos enquanto doa bilhões para empresas de telefonia, aumenta o salário dos juízes do Supremo Tribunal Federal e gasta milhões com sorvete importado. Michel Temer já mostrou para que veio.

Neste sentido é preciso organizar uma forte mobilização dos trabalhadores em conjunto com demais setores populares da sociedade contra as medidas impopulares deste governo. No momento em que Temer anuncia que os trabalhadores poderão trabalhar até 12 horas por dia, a CUT e CTB continuam dando trégua ao governo e não preparando nenhuma resistência séria contra este pacote de maldade. Se depender destas centrais sindicais, Temer vai passar a reforma trabalhista, assim como passou a PEC 55.

É preciso fazer com que os grandes empresários e banqueiros paguem pela crise econômica que o país está passando. Por isso é preciso uma Assembléia Constituinte Livre e Soberana imposta pela luta dos trabalhadores e demais setores populares da sociedade que seja capaz de tirar medidas para que os verdadeiros responsáveis da crise arquem com a atual situação que o país está passando




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