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UNESP | 17 expulsões, Gaetan e todos contra a democracia dos ricos.

sexta-feira 24 de abril de 2015 | 00:01

O caso Gaetan, militante sindical e estudantil que foi preso em um ato no dia 8 de novembro, em Toulouse, França, contra o assassinato do fotografo Rémi Fraisse e por defender a educação publica, somente confirma a escalada de repressão em todos os lugares do mundo, em especial na Europa.

No oitavo ano de crise econômica mundial os ricos tentam fazer com que os trabalhadores, a juventude e todos os setores historicamente oprimidos paguem por sua crise e impõe que nossas condições de vida piorem e levem milhares as ruas, deixando nenhuma outra saída a não ser combater os reflexos dessa crise, que é econômica e civilizatória.

No Brasil a escalada da repressiva atinge fortemente a todos: do caso Verônica até Igor Mendes, dos 42 metroviários à Luta do companheiro Brandão, dos 23 do RJ até as 17 expulsões da UNESP, estavam todos lutando contra uma moral burguesa, lutando contra a carestia, lutando contra o Estado e contra a Privatização da Universidade.

Gaetan e os 17 estudantes da UNESP tinham algo em comum: estavam contra um projeto de universidade em que o negro entra pela terceirização (limpeza, segurança e manutenção), seleciona seu privilegiados pelo vestibular, estavam contra as péssimas condições de trabalho e uma universidade voltada para grandes empresas.

As mesmas empresas, como Banco Satander, que mundialmente e no Brasil, via Universia, atuam “inocentemente” cedendo bolsas auxilio, intercâmbios e prêmios, mas em troca pensam políticas como a terceirização dos bandejões, fim da gratuidade da universidade, desvinculação de Hospitais Universitários (caso do Hospital Universitário da USP) e Ensino a distancia para graduação demonstrando que, tanto na França quanto no Brasil estes mesmos tubarões do ensino atacam os serviços públicos.

As 17 expulsões da UNESP são um evento preparatório para atacar mais fortemente as políticas de permanência e a política de cotas nas Universidades brasileiras, numa conjuntura de ataques como os que recentemente impuseram o corte do plano de carreira dos funcionários e docentes, cortes de 200 milhões das universidade, fim das creches da USP, filas nos bandejões, etc, em diversas Universidades.

Em Araraquara, tivemos o caso de um bloco da moradia estudantil alagado e o RU fechado por um ano sendo que, em contraste a mesma Reitoria da UNESP premia e deixa impune os estudantes organizadores do rodeio das gordas, na mesma Araraquara, em 2010, cala-se sobre as agressões homofóbicas de 2014, na UNESP de Jaboticabal, “passa a mão na cabeça” dos estudantes de medicina, de Botucatu, que reproduzam rituais da Ku Klux Klan (KKK) para recepcionar os “Bixos” e silencia sobre os casos de estupro coletivo nesta mesma UNESP.

Segundo Gustavo Anversa, um dos 17 expulsões “a luta pela revogação é tão viável quanto a readmissões dos 800 trabalhadores da GM e a reintegração dos 42 metroviários. A Reitoria quer com estas expulsões impor um grande “Cala Boca ao movimento estudantil”. Como a greve da GM, nos ensinou, somente a mobilização pode conquistar nossas pautas. Todos para o ato pela revogação das 17 expulsões, na frente da reitoria da UNESP em, SP, no dia 7 maio”


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UNESP    Juventude



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