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15M: paralisação contra a reforma da previdência em Campina Grande (PB)

Shimenny Wanderley Campina Grande

sexta-feira 17 de março de 2017 | Edição do dia

Em Campina Grande (PB) na última quarta-feira dia 15 de março, assim como em muitas cidades do país, foi o dia de paralisação e luta contra a reforma da previdência, com paralisações e mobilização de diferentes categorias da classe trabalhadora. Tiveram destaque na cidade a paralisação dos correios que sequer permitiu o ingresso dos gerentes a sede, a totalidade dos setores da educação com a paralisação das escolas da rede pública de ensinodo Estado, que aderiram à greve de Confederação Nacional de Trabalhadores da Educação (CNTE) que se iniciava esse dia, além dos professores da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), como antecipamos nesse artigo.

Depois de diferentes atividades de paralisação nos locais de trabalho desde ás 07 horas,foi realizado um ato público unificado a partir das 8h em frente ao prédio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no centro da cidade para depois de uma importante concentração percorrer as principais ruas do centro. Estimamos a participação de aproximadamente 3.000 pessoas entre trabalhadores, estudantes, entidades sindicais e partidos de esquerda.

O ato finalizou na Praça da Bandeira onde aconteceram as intervenções das categorias que paralisaram, das centrais sindicais, dos movimentos sociais e dos partidos políticos. Entre outras entidades se fizeram presentes ao ato o Sindicato dos Correios, o Sindicado dos Comerciários, o Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais em Saúde e Previdência da Paraíba (SINDSPREV-PB), Associação dos Docentes da Universidade Estadual da Paraíba (ADUEPB), Associação dos Docentes da Universidade Federal de Campina Grande (ADUFCG), Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação do Estado da Paraíba (SINTEP), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB) e a Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas).

Desde o Esquerda Diário participamos de forma unitária contra a reforma da previdência e demais ataques do governo golpista de Temer, mas com independência política, com a distribuição de panfleto com nossa declaração política com base neste artigo.

Entre os oradores esteve o professor de Ciência Política Gonzalo Rojas, que fez uma fala em nome de Esquerda Diário impulsionado pelo Movimento Revolucionário dos Trabalhadores (MRT) na Praça da Bandeira, na qual destacou a importância desse dia de luta ressaltando a necessidade de ter um plano nacional de lutas para derrotar as reformas, exigindo que as centrais sindicais CUT e CTB, presentes no ato, organizem assembleias de base para que o conjunto da classe trabalhadora se organize para lutar contra as reformas da previdência e trabalhistas bem como os demais ataques desse governo golpista, rejeitando qualquer subordinação política destas centrais ao projeto Lula 2018. Além disso falou da importância política de coordenar as lutas para que estas não sejam derrotadas.

Ressaltou ainda a importância da greve internacional de mulheres no 8 de março e desta data, afirmando que não é possível barrar os ataques com medidas isoladas, é preciso construir um plano de lutas. Finalizou sua intervenção defendendo a necessidade de uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana para que os trabalhadores e a população possam intervir nos problemas de fundo e que faça os capitalistas pagarem pela crise com seus lucros e privilégios, uma constituinte transicional e não para recompor um sistema político podre.

Para que tenhamos uma luta efetiva capaz de barrar as reformas e os ataques desse governo, como a retirada de direitos trabalhistas e sociais é preciso superar a divisão entre os dias de luta de cada categoria e unificar os trabalhadores e organizar de fato uma verdadeira greve geral contra os ataques do golpista Temer.




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