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GRIPE H1N1 | 102 mortes de H1N1: Mais um capítulo de descaso dos governos com a saúde publica

Em São Paulo teve o maior numero de óbitos por H1N1: 70 casos. Também registraram mortes em Santa Catarina (5), Bahia (3), Goiás (6), além de outros 10 estados, com pelo menos uma ou duas mortes em cada. Em 2015, foram apenas 36 mortes de H1N1 no Brasil inteiro.

segunda-feira 11 de abril de 2016 | Edição do dia

O H1N1 é responsável, até o momento, pela grande maioria de casos graves e morte por gripe Influenza no país. Foram registrados apenas cinco casos de Influenza A/H3N2 e nenhum óbito. Já em relação a Influenza B, foram registrados 38 casos e três mortes. De acordo com o Ministro da Saúde, foram registrados 444 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) pela Influenza A/H1N1 este ano.

Estas mortes que ocorreram por H1N1 é primeiramente responsabilidade do governo federal e dos governos estaduais que precisam sucatear a saúde publica para poder ter dinheiro para pagar a divida publica. É fruto também da política privatista da saúde que os governos estão adotando, fazendo com que o setor privado da saúde tenha equipamento suficiente para conseguir os primeiros lotes de vacinação, podendo mercantilizar a cura para o H1N1.

Com a crise econômica capitalista que atinge o Brasil, os governos irão realizar cortes na área da saúde publica para fazer com que os trabalhadores e a população paguem pelo atual momento que o país está vivendo. Com isso já estão faltando recursos para os hospitais públicos, fazendo com que não exista aparato suficiente para responder às doenças que atingem o país. Muitos trabalhadores da saúde estão sendo demitidos por conta da mesma crise econômica que tira dinheiro da saúde publica. Pela falta de estrutura, na cidade de São Paulo por exemplo houve filas de espera de mais de três horas no primeiro dia de vacinação pelo sistema público, e chegou até mesmo a haver bate-boca e brigas entre os pacientes em disputa por um lugar na fila.

A responsabilidade é também do setor privado de saúde, que mantém convênios caríssimos que milhares de trabalhadores no país não conseguem pagar. São estes que lucram com o descaso da saúde publica no país. Isto só mostra que as pessoas que estão sendo mais atingidas pela doença são os trabalhadores e os setores populares da sociedade.

Com a crise política que atinge o país, são os nossos direitos que estão em jogo. De um lado, temos o governo do PT que está realizando cortes na saúde para fazer com que os trabalhadores paguem pela crise, de outro lado temos a direita que quer o impeachment da Dilma e atacar mais a saúde publica. Temos que lutar pelo SUS 100% estatal, controlado por trabalhadores da saúde e usuários. A saída para a crise da saúde é uma mobilização dos trabalhadores independente que se coloque contra o impeachment, mas também contra os ajustes do PT. Por isso é necessário que ala majoritária da CSP–CONLUTAS dirigida pelo PSTU rompa com a sua política de FORA TODOS e exija da CUT que rompa com sua subserviência ao governo e que tenha um plano de luta contra o Impeachment e os ajustes do governo.




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