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ELEIÇÕES SÃO PAULO | 10 ataques que mostram o ódio de Bruno Covas pela Educação de São Paulo

Veja aqui 10 ataques que mostram o quanto Bruno Covas (PSDB), um dos representantes dos golpistas, é um excelente pupilo de João Doria e atua para sempre cumprir com sua lição de casa: destruir a educação pública paulistana.

terça-feira 24 de novembro de 2020 | Edição do dia

Foto: SUAMY BEYDOUN/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO

Bruno Covas (PSDB) é um dos representantes dos golpistas que atuam ao lado de Bolsonaro, os militares, o Centrão e o judiciário para garantir que o lucro dos empresários esteja acima da vida, direitos e futuro da classe trabalhadora e da juventude. Em São Paulo, Covas assumiu a prefeitura depois que João Doria (PSDB) deixou o seu mandato para assumir o governo do Estado. Juntos constroem um projeto de privatização, retirada de direitos e precarização da vida.

Na educação de São Paulo, tanto estadual como municipal, o PSDB tem sua trajetória marcada por profundos ataques contra a educação. No Estado, dividiu a categoria de professores em uma verdadeira sopa de letrinhas, onde letras determinam menos direitos e maior precarização. No município, Bruno Covas prova para seu partido e aos capitalistas que é um excelente pupilo de Doria e atua para sempre cumprir com sua lição de casa: destruir a educação pública paulistana.

Para derrotar o projeto dos golpistas e da extrema-direita, frentes amplas e democráticas que englobam também partidos diretamente burgueses - dos quais amanhã serão os responsáveis por mais ataques contra vida de todos os trabalhadores e dos mais pobres - não são o caminho para barrar ataques ou revogar grandes reformas que já destruíram com diversos direitos.

Diante da crise econômica, que é agravada hoje pela pandemia, é preciso construir uma força com independência de classe, onde não há aliança, nem acordo com burgueses e seus representantes. A única confiança e força que deve ser construída será ao lado da classe trabalhadora, das mulheres, dos negros, LGBTs e de toda a juventude. Que seja através da mobilização da classe trabalhadora e dos mais oprimidos que se faça com que sejam os capitalistas que paguem por essa crise.

Veja abaixo 10 ataques que mostram que Covas é inimigo da educação:

Imagem: reprodução

1. PL 452/20: o projeto de privatização e ataque contra a categoria e a comunidade

Em meio à pandemia, quando trabalhadores do chão da escola não puderam fazer quarentena e professores tiveram que lidar com o EAD precário e excludente, Covas preparou um profundo ataque contra a categoria e as comunidades escolares.

Com a esperança de não ocorrer resistência, o PL foi aprovado, com total imobilismo do principal sindicato da categoria, o SINPEEM, dirigido por uma burocracia que tem à frente Claudio Fonseca, vereador e base aliada de Covas.

Esse PL privatista, entre outros ataques, serve para favorecer a rede privada com a compra, com dinheiro público, de vagas na educação infantil; legalizar a precarização do trabalho através da possibilidade de contratação de até 20% de profissionais temporários (seguindo o caminho de precarização da docência que o PSDB fez no Estado); impor a escola em tempo integral, sem discussão com os Conselhos de Escola.

A escola de tempo integral de Covas é um projeto completamente distante de uma efetiva educação integral pela qual a categoria defende e acredita. Trata-se de um projeto vazio de possibilidades. Covas mente descaradamente ao dizer em campanha que quer que a escola pública tenha tudo o que a escola de seus filhos tem, sendo que sua política até hoje foi somente de atacar os direitos e o futuro das crianças e da juventude na cidade de São Paulo.

2. SAMPAPREV – o grande ataca contra a previdência dos professores e servidores públicos de São Paulo

Com o seu cínico beijo enviado a todos os servidores que protestavam, o então já prefeito, mostrou que seria realmente a continuidade do governo de ataques e precarização contra os trabalhadores, enquanto garante os lucros dos empresários. Covas ajudou Doria a mostrar para a burguesia nacional que podem juntos garantir o projeto golpista de retirada de direitos e privatização.

Imagem: reprodução

Em disputa com o governo reacionário de Bolsonaro, Covas, como grande inimigo dos trabalhadores e da juventude de São Paulo, conseguiu que, em pleno Natal de 2018, vereadores votassem contra a aposentadoria dos servidores públicos do município – antes mesmo de o governo federal e o congresso nacional conseguirem passar a Reforma da Previdência Federal.

Veja aqui: Professores e servidores de SP unificam luta contra o SAMPAPREV à luta contra a Reforma da Previdência de Bolsonaro.

3. Descaso com a alimentação das crianças e jovens: proibição de crianças repetirem a merenda, “ração humana” e corte no programa Leve Leite

Durante a pandemia, a prefeitura de São Paulo deixou centena de milhares de famílias aguardando a liberação do cartão alimentação enquanto famílias estavam sendo demitidas e tendo seus direitos atacados.

Algo de se esperar vindo de um governo que teve os maiores escândalos sobre merenda no país quando Covas era vice-prefeito de Doria: a “ração humana” e a marcação na mão das crianças para não repetirem a merenda nas escolas; além da redução de 71% do número de crianças atendidas pelo programa Leve Leite.

Imagem: Esquerda Diário

Pode interessar: Covas é a cara da direita que governa contra as mulheres trabalhadoras, diz Diana Assunção.

4. EAD excludente durante a pandemia e tentativa de retorno colocando a comunidade escolar em risco sanitário

Além de tentar impor um retorno totalmente inseguro das aulas durante a pandemia, que foi barrado pela força das comunidades escolares, que esmagadoramente se posicionaram contrárias ao retorno para as atividades extracurriculares através dos conselhos de escola, Covas e seu parceiro Doria, não garantiram o acesso ao EAD para todos os alunos.

Com o sistema amarrado com as gigantes Google (e seu “Classroom”) e Microsoft (e seu “Teams”), usaram da situação para enriquecer o bolso de empresários, fazendo demagogia como se estivessem preocupados com a educação dos jovens e crianças. O que se vê na verdade é que o ensino remoto serviu para aprofundar ainda mais o abismo entre o ensino publico e o privado no município.

E não está descartado que sigam, mesmo depois do retorno às aulas, com parte da educação sob esse sistema de ensino, usando-o também para atacar ideologicamente, aumentando os mecanismos de controle do trabalho docente, e cada vez mais abrir caminho para uma educação mais precarizada para os filhos da classe trabalhadora.

5. Demissão em massa das terceirizadas e desamparo de milhares de famílias antes e durante a pandemia

No final do ano passado, Covas mandou para a rua milhares de trabalhadoras terceirizadas às vésperas das festas de fim de ano, reduzindo drasticamente o quadro de trabalho e aumentando enormemente a carga de trabalho e exploração daquelas que ficaram. Ainda, durante a pandemia, assistiu imóvel as trabalhadoras terceirizadas tendo seus salários suspensos e contratos de empresas terceirizadas serem encerrados como aconteceu na DRE São Miguel, deixando milhares de trabalhadoras na rua.

No momento de maior vulnerabilidade da população mais pobre, o prefeito – que já despreza essas vidas por ter terceirizado setores da educação – ‘lavou suas mãos’ como se não fosse sua responsabilidade a vida destes trabalhadores.

6. Ataque contra os ATEs

Ainda durante a pandemia, com o desemprego batendo records no país, Covas decide pela remoção dos ATEs lotados nas Diretorias Regionais de Ensino e na SME, obrigando que todos retornem para as escolas. A ação descobre o atendimento e aumenta o acumulo de tarefas para os trabalhadores que seguem nas DREs e SME, e ainda adia a convocação do concurso público realizado em 2019.

Esse processo também deixa os mais de 500 ATEs hoje lotados nas DREs e os milhares lotados nas escolas à mercê da sorte durante o processo de remoção, pois certamente os mais novos ficarão excedentes, sendo obrigados a assumirem função em locais distantes de suas casas.

7. Covas quer privatizar os novos CEUs que serão entregues

Covas quer privatizar os novos CEUs que está inaugurando de forma oportunista agora no meio da campanha eleitoral. Seguindo toda a sanha privatista dos tucanos, Covas quer entregar nas mãos de OSs (Organizações Sociais) os próximos 12 CEUs. Isso significa mais precarização para educação de crianças e jovens e piores condições de trabalho para os educadores.

8. Escolheu como vice um forte suspeito de envolvimento na Máfia das Creches

Imagem: reprodução

Como se vê em outras áreas da administração da cidade, como a venda do Vale do Anhangabaú a preço de banana por exemplo, a privatização é a marca dos governos tucanos que Covas é representante. No fim de 2019 iniciou-se uma investigação de um esquema que usava ONGs de fachada para desviar milhões da educação infantil, a Máfia das Creches. Covas não apenas ampliou sua política privatista como vimos, como ainda escolheu para vice, Ricardo Nunes, fortemente acusado de envolvimento com a Máfia das Creches e acusado de ter beneficiado a empresa Nikkey Serviços, criada por ele mesmo em 1997, se beneficiando de contratos sem licitação para prestação de serviços de dedetização a pelo menos oito creches da cidade de São Paulo.

9. Fechamento das salas de vídeo, brinquedotecas, salas de leitura e informática da pré-escola

Quando vice-prefeito, Covas, como seu parceiro Doria, fechou espaços pedagógicos fundamentais para as escolas, usando o cinismo de marketing do PSDB para convencer a população de que o que queriam era criar novas vagas. Entretanto, não são os filhos da classe trabalhadora que precisam pagar por isso e sim os capitalistas e empresários que lucram enquanto até crianças estão tendo seus direitos atacados.

10. Retirada do Transporte Escolar Gratuito

Com a desculpa da pandemia e a suspensão das aulas, Covas cortou o passe livre e meia tarifa para estudantes. Esta medida autoritária e descabida, prejudica os estudantes mais pobres, dificultando o direito de transporte daqueles que precisam se locomover pela cidade em busca de atendimento em hospitais ou postos de saúde, além da busca de emprego de muitos alunos devido à alta demissão de pais e parentes que tiveram seus direitos atacados e desprezados por esse regime golpista, do qual Covas faz parte.




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