O diretor da Petrobras, Pedro Parente, anunciou ontem (13) que reduzirá em média 5 centavos o preço da gasolina e diesel. No comunicado a empresa deixa claro que acompanhará os preços internacionais e mudará os preços mensalmente conforme o valor do barril de petróleo, como forma de equivaler os preços aqui dentro com o mercado internacional do petróleo.
A Petrobras, ainda como a grande fornecedora de combustíveis nacionalmente, tem força para decidir o preço dos combustíveis. O novo movimento de equivalência do preço internacional vem para agradar as petroleiras estrangeiras, americanas, europeias e chinesas, que hoje já importam e vendem combustíveis no Brasil e estão avançando para o pré-sal com o apoio do governo.
É importante lembrarmos que o preço do barril de petróleo variou entre 40 dólares e 110 dólares nos últimos 6 anos e, após a Crise do Petróleo em 1970, nunca houve muita estabilidade no preço do combustível. Mesmo com a pequena redução esse mês, se a lógica for acompanhar os preços internacionais, podemos ter anos em que a gasolina poderá variar entre 3 e 6 reais o litro na bomba nos locais que é vendida mais barato (normalmente próximos as refinarias e grandes centros).
Tentando esconder mais um ataque ao bolso do trabalhador, o governo Temer já anunciou que vê com bons olhos a redução da gasolina e que isso pode impactar em menor inflação e redução de juros, uma jogada de marketing político após a aprovação da PEC 241 tentando mascará-la como a “salvação da economia”. Obviamente, essa nova política de combustíveis serve como maquiagem provisória para o governo e também como agrado as petroleiras internacionais.
|