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REFORMA DO ENSINO MÉDIO
A serviço de Temer, Alckmin quer debater Reforma do Ensino Médio nas escolas
Ana Paula
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Após estudantes ocuparem três escolas estaduais em São Paulo contra a medida provisória que reforma o ensino médio no País, e a PEC 241 que congela até 2036 os gastos públicos, propostas pelo governo Michel Temer, a Secretaria Estadual da Educação (SEE) anunciou que promoverá um "amplo debate" com alunos e professores. Com isso, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) pretende evitar que novas ocupações aconteçam pelo Estado, e presta serviço ao governo golpista de Temer, que hoje amarga mais de120 escolas ocupadas em todo o país contra os ataques

Os estudantes ocuparam um colégio em Sorocaba, na quinta-feira, e a escola estadual Caetano de Campos, na região central da capital, na noite de sexta - menos de 24 horas depois, a unidade foi desocupada após a chegada da truculenta Tropa de Choque, e na noite de ontem ocuparam o escritório da presidência da república, além da ocupação de uma escola em Campinas hoje. Os alunos afirmam que fazem encontros e assembleias nas instituições para discutir a possibilidade de novas ocupações nos próximos dias.

Wilson Levy, assessor do secretário da Educação José Renato Nalini, e coordenador do projeto Gestão Democrática, disse que a expectativa da secretaria é evitar novas ocupações usando o diálogo. "A sinalização do poder público é de que vamos discutir, tudo será transparente e com a participação do estudante", afirmou.

Ainda segundo Levy, depois da discussão nas escolas, serão marcados debates nas 91 diretorias de ensino do Estado e um encontro estadual. Ele ressaltou que a pasta quer “tranquilizar” os alunos para o fato de que em 2017 nada será alterado. "O próximo ano será de discussão, não haverá mudança. O currículo escolar não será alterado, a carga horária segue a mesma, a atribuição de aulas continua igual."

Demagogicamente chamam de Gestão Democrática um suposto diálogo que ocorrerá no interior das escolas, com a participação estudantil, num claro propósito de evitar que novas ocupações ocorram em São Paulo. Com isso querem ganhar tempo para impor uma política pública de precarização do ensino dos filhos da classe trabalhadora, pensada e aplicada pelo governo federal, cujo golpe recentemente aplicado não possuiu outra finalidade que não a de fazer os trabalhadores e jovens pagarem a fatura da crise, cujo lema é “não pense em crise trabalhe”.

Motivos não faltam aos estudantes para resistirem aos ataques, às escolas estão todas caindo aos pedaços, sem itens básicos como papel higiênico, impressora, papel sulfite, entre outros, e ainda o bojo dos ataques tem o PL Escola Sem Partido, que aliada à MP da Reforma do Ensino Médio amordaçará alunos, e criminalizará professores. Por isso Alckmin presta serviço prontamente a Temer e tenta impedir a resistência estudantil no principal estado do país, pela via das ocupações que derrotaram seu famigerado projeto de “reorganização escolar” ano passado, e serviram de exemplo a ser seguido por estudantes país afora.

A juventude avança e mais uma vez da exemplo de como enfrentar com métodos radicalizados os ataques! Assim deveriam fazer também as centrais sindicais como CUT e CTB, incendiar o país contra as reformas da previdência e trabalhista, e de fato fazer uma greve geral que saia dos boletins e ocupe os locais de trabalho, e as ruas, contra o governo golpista e seus aliados.

 
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