Esse número é um grande triunfo principalmente devido ao caráter antidemocrático do regime, que restringe o espaço de propaganda da esquerda, e mesmo sem tempo em TV, rádio e espaço em debates conseguimos essa votação. Além disso, nossa campanha contou com quase nenhum recurso financeiro, mas foi movida pela força da ideia que foi nosso lema: a proposta de que todo político ganhe o mesmo salário que uma professora.

Agradeço ao grande apoio da juventude com estudantes secundaristas à frente, eles que vêm protagonizando uma grande organização estudantil contra o governo golpista e sua reforma do ensino médio. Contamos com a força militante dos estudantes universitários da UFMG e da PUC que diversas vezes se deslocaram de Belo Horizonte para Contagem para fortalecer nossa campanha. Os professores da rede municipal e estadual fizeram toda diferença em nossa campanha, colocando suas forças para apoiar e militar por uma candidatura.

Também tivemos o apoio de diversos operários fabris e, ao longo de nossa campanha, cruzamos nosso caminho com a luta dos trabalhadores recém demitidos da UrbTopo. Agradeço com muito orgulho o apoio desses trabalhadores, que se somaram em nossa campanha após verem que, enquanto candidata, joguei minhas forças para que eles fossem vitoriosos na luta, como ao final foram.

Agradeço também jovens trabalhadoras e trabalhadores do call center, que protagonizaram logo no início de nossa campanha um grande movimento de denúncias contra a exploração e a violência dos chefes e empresários a que estão sujeitos os trabalhadores, se somando também como importante força em nossa campanha.

Deixo aqui também um importante agradecimento ao Esquerda Diário, uma mídia independente da qual sou colunista e que por várias vezes expressou em suas páginas em entrevistas e artigos as ideias que defendemos na campanha e que, enquanto mergulhávamos de cabeça na campanha, bateu recordes de acesso, fechando o mês de setembro, às vésperas da eleição, com mais 600 mil acessos.

As eleições se encerram aqui, mas nossa luta está só no começo. Seguiremos sendo muitas vozes anticapitalistas, lutando contra o golpe de maneira independente do PT, pelo fim dos privilégios dos políticos, ao lado dos trabalhadores, da juventude, das mulheres, negros e LGBT!