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JUVENTUDE ALEMÃ
Jornada de luta estudantil contra o racismo na Alemanha
Peter Robe

Comitês locais de estudantes secundaristas e universitários junto a grupos antirracistas, de refugiados e de esquerda convocam mobilizações e greves estudantis em seis cidades.

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A cada dia, o clima reacionário cobra novas vítimas. Na semana passada, centenas de nazistas se reuniram durante vários dias na cidade saxônica de Bautzen para atacar os refugiados. Na segunda-feira, houveram dois atentados com bombas de grupos de extrema direita em Dresden, uma em frente a uma mesquita.

O giro à direita também tem sua expressão a nível eleitoral, onde a direitista Alternativa para a Alemanha (AfD, em alemão) ganha eleição atrás de eleição, com resultados muito altos entre 14% em Berlim e 22% na região norte de Mecklenburgo-Pomerania Ocidental. Com isso, o debate político se dá à direita, obrigando os partidos do establishment a tomar cada uma de suas demandas.

Isso se reflete em cortes nos direitos dos refugiados, na restrição das liberdades democráticas e na militarização interna depois dos atentados de Munique e Ansbach. Todos os partidos parlamentares, desde o partido de Merkel até o reformista de esquerda Die Linke, estão de acordo em dar mais recursos e pessoal para a polícia e aumentar as deportações em massa.

Está se formando uma resistência contra esse giro à direita, sobretudo em setores da juventude. Pela quinta vez, é organizada uma jornada de luta nacional com mobilizações e greves estudantis em seis cidades alemãs, organizada pela aliança nacional “Juventude contra o racismo” e seus comitês locais.

Como disse Tabea Winter da Juventude Revolucionária-Comunista: “Nos manifestaremos junto aos refugiados porque não estamos indiferentes à sua situação. Estamos junto a nossos companheiros de escola que não são tratados igual porque não tem nome alemão, estamos junto a nossos amigos que serão deportados porque não nasceram aqui. Todos nós vamos nos manifestar no dia 29 de Setembro por um mondo sem fronteiras, sem deportações nem guerra!”

A progressividade dessa plataforma é seu caráter claramente anti-imperialista e anti-governo, pois não apenas rejeita a extrema direita da AfD, como faz Die Linke, mas também rechaça o racismo estatal e suas deportações.

Será uma jornada importante que, junto com a luta dos refugiados no Sendlinger Tor em Munique, poderia expressar uma oposição de esquerda à demagogia da direita e à política do governo.

 
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