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Mais de 13 milhões de trabalhadores terceirizados no país, lutemos pela efetivação de todos eles
Diana Assunção
São Paulo | @dianaassuncaoED

As pesquisas apontam que já são mais de 13 milhões de trabalhadores terceirizados no Brasil. Precisamos lutar contra o aprofundamento da terceirização e ao mesmo tempo lutar pela efetivação imediata de todos os terceirizados, que mesmo com a crise não param de aumentar seus números.

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A terceirização da mão de obra faz parte da realidade de 13 milhões de brasileiros hoje. O projeto de lei que permite a terceirização irrestrita das atividades de empresas privadas aguarda votação no Senado e conta com o apoio do governo golpista de Michel Temer. O projeto integra a agenda dos golpistas e a intenção do Planalto é aprová-lo com rapidez, assim como pretendem fazer com outros ataques, como a reforma da Previdência - ainda que a reforma trabalhista fique para o segundo semestre do ano que vem.

O ponto principal do chamado PL 4330/2004, aprovado em abril de 2015 na Câmara dos Deputados, é permitir a terceirização da atividade-fim de uma empresa, ou seja, de sua atividade principal - o que atualmente é considerado ilegal. A lei atual permite a terceirização das atividades-meio, o que faz com que por exemplo na USP, local onde trabalho, os funcionários da segurança e da limpeza sejam todos terceirizados, e dia a dia avançam sobre outros setores como os bandejões, e apesar das intenções da reitoria ainda não temos professores terceirizados.

A terceirização foi uma maneira que as burguesias de distintos países encontraram não somente para aumentar seus lucros, mas para nos dividir. Com a terceirização muitos trabalhadores passam a ser considerados como de "2ª ou 3ª classe". Grande parte dos terceirizados trabalham ao nosso lado com o mesmo serviço, mas todo o resto é diferente. Salários menores, menos direitos, outros uniformes e às vezes nem podem almoçar nos mesmos refeitórios. Os ajustes que Dilma e o PT vinham implementando já atacavam diretamente estes setores, agora o governo golpista visa acelerar ainda mais a intensidade dos ataques e a ampliação do número de trabalhadores terceirizados em todo país.

Segundo pesquisa do Dieese, de 2014, a remuneração para terceirizados é em média 24,7% inferior à de trabalhadores diretos. A maioria dos terceirizados são mulheres, negros, LGBTs e imigrantes. A terceirização tem rosto de mulher, e as patronais sabem que é nos setores mais oprimidos da sociedade que poderão encontrar a força de trabalho barata para os trabalhos mais precários. Somos parte de uma só classe, a classe trabalhadora. Por isso venho lutando há mais de 10 anos ao lado de diversas trabalhadoras terceirizadas, em defesa de melhores condições de trabalho, mas principalmente pela efetivação imediata de todos os trabalhadores terceirizados com iguais salários e direitos. Não aceitaremos o aumento da terceirização ao mesmo tempo que lutamos para que os mais de 13 milhões de trabalhadores tenham suas vidas ainda mais precarizadas em nome da sede de lucro e da exploração capitalista.

 
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