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PARAÍBA
Breves notas sobre a pequena política na Paraíba
Gonzalo Adrian Rojas

A brutal repressão na Manifestação contra o golpe institucional de Temer em Campina Grande (PB) na sexta-feira 02 de setembro faz parte da grande política, uma tendência nacional que se expressou na cidade, mas o entramado que a articula é uma mostra de uma pequena política miserável que mostra a podridão deste sistema político em crise no plano estadual.

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Antônio Gramsci, comunista italiano, nos Cadernos do Cárcere diferencia a grande, a alta política, da pequena política, a política cotidiana, a política parlamentar, de corredor, de intrigas, do dia a dia.

A grande política compreende a fundação de novos estados, a luta pela destruição, defesa e conservação de determinadas estruturas orgânicas enquanto que a pequena política compreende as questões parciais e cotidianas econômico-sociais, se centra na disputa no interior de uma estrutura de diferentes frações da mesma classe política pela sua preponderância. Uma política cinza, sem horizonte estratégico. Ttransformar a grande política em pequena também é uma grande política segundo o mesmo marxista italiano.

A brutal repressão na Manifestação contra o golpe institucional de Temer em Campina Grande (PB) na sexta-feira 02 de setembro faz parte da grande política, uma tendência nacional que se expressou na cidade, mas o entreamado que a articula é uma mostra de uma pequena política miserável que mostra a podridão deste sistema político em crise no plano estadual. Lembramos que o Esquerda Diário foi o único jornal do estado que denunciou a repressão:

O governador do Estado é Ricardo Coutinho, do golpista Partido Socialista Brasileiro (PSB), mas ele defendeu uma posição contrária ao impeachment de Dilma.

As duas oligarquias em que historicamente, no último período, polarizam a política de Campina Grande são dois clãs o dos Cunha Lima (tucanos) e os vinculados a Maranhão (peemedebistas), sendo que igualmente hoje os dois clãs defenderam o golpe institucional. Antes da mobilização para realizar um escracho onde estava presente Cunha Lima que desencadeou uma repressão política planejada com antecedência como em diferentes cidades do Brasil, foram realizadas pichações no comitê da campanha de Veneziano Vital do Rego candidato pelo grupo de Maranhão a prefeitura da cidade, assim como a Arthur Bolinha, candidato também golpista a prefeitura da cidade pelo Partido Popular Socialista (PPS).

Então, o governador do estado contrário ao impeachment, utiliza a Policia Militar (PM) para reprimir uma manifestação contra o golpe institucional e defender ao golpista Cassio Cunha Lima, que, mesmo, havendo sido cassado quando foi governador do estado no ano de 2008 pretendeu se apresentar durante o processo de impeachment como um paladino da moral e da justiça, mas que da mesma forma que o apoio de Veneziano ao impeachment tem custos políticos, consideramos que a superexposição do tucano poderia ter também.

Para completar o quadro desta pequena política sem horizonte estratégico, em Campina Grande, tanto o PT como o PCdoB apoiam o candidato do PSB, Adriano Galdino, supostamente por se opor ao golpe, fazendo parte de uma aliança ainda mais ampla com outros partidos golpistas, a chapa “Pra Mudar Campina” integrada pelo PSB, PDT, PT, PSL, PR, PRP, PC do B e PT do B. O que acontece em Campina Grande e no estado é só uma mostra da conciliação com a direita e com os golpistas que o PT e PCdoB fazem de norte a sul do país.

Frente a hegemonia da pequena política é preciso que a esquerda retome o debate estratégico da grande política, para isto é central realizar um balanço político de todo o período para tirar lições sobre o que significou a política de conciliação de classes do Partido dos Trabalhadores (PT) e como abriu o caminho com seu fisiologismo, (ou seja assimilou os métodos de fazer política dos capitalistas) e com os ataques à classe trabalhadora, um somatório que se voltou contra seu próprio governo e no avanço da direita. Isto é indispensável para organizar a resistência contra os ataques do governo golpista de Temer contra os trabalhadores e o povo pobre e para isso é preciso construir uma alternativa anticapitalista, que partir da intervenção na luta de classes enfrente esta direita dura. A partir do Esquerda Diário, frente à pequena política e a podridão deste sistema político defendemos o Abaixo Temer Golpista! E lutamos por uma saída política de fundo, uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana imposta pela mobilização das massas, que tenha uma perspectiva anticapitalista e transicional, lutando por outros junhos.

 
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