Na abertura de uma das maiores exposições de arte do país (segunda-feira dia 5), um grupo artistas surgiu durante a entrevista coletiva que anunciava o evento gritando Fora Temer e denunciando a violência da polícia militar.
O artista Amilcar Packer falou sobre a brutal repressão promovida pela PM que levou à prisão de 26 jovens. O grupo autointitulado Aparelhamento fez o protesto e em seguida saiu.
No dia seguinte, na terça feira (6), outro protesto tomou lugar na Bienal. Dessa vez foram dezenas de artistas e ativistas que ocuparam o térreo do do prédio no Parque Ibirapuera, ganhando o apoio dos visitantes. Foi disposta uma faixa grande escrita “Fora Temer” e várias palavras de ordem pela derrubada do presidente e pelo fim da polícia militar foram entoadas.
A Bienal em São Paulo reúne a exposição de obras de dezenas de artistas de mais de 30 países diferentes. Reconhecida mundialmente, a exposição costuma apresentar temas políticos e polêmicos em voga na sociedade.
Dessa vez o tema da Bienal veio a calhar: Incertezas vivas. Segundo o curador que idealizou o título, “Michel Temer disse que a incerteza acabou”. Outra curadora, Júlia Rebouças, foi ainda mais enfática: “Assistimos ao fim de vários mundos. Há a necessidade de mobilização urgente depois de 31 de Agosto”, em referência ao dia de aprovação do impeachment no senado.
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