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LAVA-JATO
Ex-presidente do PSDB e deputado do PP receberam R$ 10 mi em propina, segundo MPF
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O Ministério Público Federal denunciou empresários da mega empreiteira Queiroz Galvão de oferecerem propina no valor de R$ 10 milhões ao ex-presidente do PSDB, Sérgio Guerra, e ao deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) a fim de abafarem a CPI da Petrobrás em 2009.

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A narrativa do Ministério Público é a seguinte: em 2007 deram início à de uma refinaria em Pernambuco, a Abreu e Lima, no município de Ipojuca. O orçamento total da construção foi de R$ 10,1 bilhões. Um dos contratos foi firmado em um pouco mais de R$ 429 milhões e envolvia três grandes empreiteiras - Queiroz Galvão, Odebrecht e Camargo Corrêa.

Em 2008, o Tribunal de Contas da União (TCU) identificou indícios de superfaturamento neste último contrato, de R$ 58,5 milhões. A partir desta denúncia do TCU, em 2009 se abriu uma CPI no Congresso, uma comissão especial criada para investigar a denúncia. Essa CPI foi composto por uma série de deputados, entre eles os denunciados hoje (6 de Setembro de 2016) pela investigação da Lava-Jato, membros tanto da base aliada do governo federal à época quanto da oposição.

Ainda segundo a narrativa do MPF, empresários da Queiroz Galvão teriam oferecido uma propina de R$ 10 milhões para dois deputados envolvidos nessa CPI para abafar o caso. Os empresários são Ildefonso Colares Filho e Erton Medeiros. Ambos estão presos neste momento, sendo Erton já condenado.

A conclusão disso tudo foi o abafamento da CPI. O texto final foi: “o conjunto de indícios de irregularidades apontados pelo TCU nas obras da refinaria Abreu e Lima, depois da análise empreendida pela CPI, mostrou-se inconsistente” [grifo nosso]. Dessa forma ninguém foi punido e o rombo de milhões de reais ficaram para trás.

A investigação da Lava-Jato chegou a essas conclusões a partir da delação de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás. Ele ainda deu alguns detalhes de como se deu essa negociata entre o ex-presidente tucano, o “progressista” Eduardo da Fonte, os empresários da Queiroz Galvão e outros corruptos como Fernando “Baiano” e o ex-deputado do PP do Paraná José Jatene. O encontro para a negociação da propina ocorreu em uma sala em um prédio na Barra da Tijuca, na capital carioca, no dia 21 de setembro de 2011.

De acordo com a procuradoria, outras fontes comprovam esse encontro e a propina, como o doleiro Alberto Youssef, responsável por gerenciar o caixa de propina do PP.

 
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