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ATIVIDADE NA GREVE
Mais de 80 professores e trabalhadores participam de debate em meio a greve de SP
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Mais de 80 professores da rede pública e trabalhadores participaram de uma atividade impulsionada pela agrupação Professores Pela Base - Nossa Classe para discutir os rumos das greves que ocorrem no estado de São Paulo e no estado do Paraná.

A mesa da atividade contou com as professores Ester e Rafaelin da rede pública do Paraná, que puderam contar a enorme repressão que sofreram por parte do governador Beto Richa (PSDB), que busca amedrontar os professores para aprovar os ajustes econômicos no estado que retiram direitos dos trabalhadores, sobretudo da aposentadoria. Também relataram como foi a força da base dos professores que possibilitou a organização da importante greve de fevereiro de 2015, e da sua retomada agora contra os ataques à previdência que o governo de Beto Richa impôs contra os trabalhadores. Rafaelin ressaltou em sua fala como foi no decorrer dessa luta que os professores passaram e se ver como protagonistas da luta, não ficando mais passivos frente aos governos, ou mesmo às direções sindicais.

Além delas, o juiz do trabalho e professor de direito da Universidade de São Paulo (USP) Jorge Luiz Souto Maior também esteve presente, comentando as distintas irregularidades jurídicas e atos inconstitucionais que vem tomando os governos para aplicar os ajustes, reprimindo os professores, ferindo o direito de greve e impondo o corte de salários, como fez o governo de Alckmin (PSDB). Souto Maior também refletiu a aprovação da PL 4330 que amplia a terceirização e a privatização da educação e saúde pública, pelo projeto que regulariza a gestão dessas esferas por OSs. Também reforçou como qualquer conquista significativa deve vir da compreensão de que a classe trabalhadora deve se unir, independente em qual categoria atua.

O diretor do Sintusp, Marcelo Pablito, também participou do debate, colocando o problema de como fazer emergir uma força capaz de derrotar esses ataques, questionando o papel da burocracia sindical hoje e indicando que os professores atuassem de maneira independente e que confiem apenas nas suas próprias forças, pois é na unidade da classe trabalhadora que será possível enfrentar o conjunto das medidas, seja do PSDB, seja do PT.

Também intervieram professores do estado de São Paulo. Danilo Magrão apontou o problema dos ajustes nas MPs votadas 664 e 665, que tem no governo federal sua iniciativa, portanto questionando o papel do PT hoje no governo e em relação ao conjunto dos trabalhadores. E Marcella Campos, que colocou um pouco a situação da greve no estado de São Paulo e os desafios para aprofundar a luta pela educação, num país após as grandes mobilizações em junho de 2013 e o “maio operário” de 2014. Destacou como a difusão dos comandos de greve organizados pela base foi uma das maiores conquistas da greve dos professores estaduais de São Paulo.

E o professor Mauro Sala, que apontou o significado da luta dos professores, que já atinge diversos estados no Brasil e até mesmo forma parte de um processo internacional, como os mexicanos de Oaxaca, os norteamericanos que lutavam por educação em Wiscosin ou os professores que lutam por educação pública no Chile, e nesse sentido a importância de observar as lições que a vanguarda dos professores vem tirando a partir dessas lutas.

Durante o debate os professores e trabalhadores presentes relataram suas experiências, e visões de como seguir a greve em curso, que alimentaram a reflexão de que rumos tomar na luta pela educação pública.

Após o debate, os professores realizaram uma atividade de socialização, com objetivo de reunir fundos para a greve dos professores em curso.

 
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