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IMPEACHMENT
Collor: o recalque de um coronel
Ana Paula

Para Collor Senador golpista, em 1992 foi golpe, mas em 2016 não é. A propósito do destaque solicitado pela defesa sobre a divisão da votação do julgamento final do impeachment, o golpista exige que Dilma seja afastada e tenha inabilitado os direitos políticos por oito anos.

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A podridão do Senado e de todo o Congresso está expressa nas afirmações feitas por Collor, e por todos os outros golpistas. O ex-presidente afastado afirmou a sessão que o afastou da presidência em 1992 perdeu o objetivo, uma vez que havia lido a carta de renúncia, que poderia tê-lo mantido com seus direitos políticos inalterados, entretanto ainda sim, ficou inabilitado por oito anos.

Não obstante, o coronel de Alagoas, dono de TV e Rádio, seguiu afirmando que naquele momento: "A decisão foi de suspender a sessão para dar posse ao então vice-presidente da República, e depois da posse do vice-presidente, voltaria este tribunal que já tinha perdido seu objeto a se reunir. Isso aconteceu para cassar o mandato inabilitação dos direitos políticos do então presidente", disse Collor.”

Não satisfeito com sua hipocrisia em comparar seu processo ao golpe que estamos sofrendo nesse momento, ao que o afastou da política, seguiu com o cinismo:
"Eu queria trazer isso apenas à consideração de vossas Excelências para dizer que a lei é a mesma, e a dificuldade que nós teremos de aplicar dois pesos e duas medidas."
"Naquele momento eu tentava não ter meus direitos políticos suspensos e minha inabilitação, mediante um instrumento absolutamente legal, a carta renúncia", disse. "Agora se quer dar uma interpretação fatiada à Constituição. É uma lembrança muito triste essa que eu trago ao plenário nesta manhã."

E ainda afirmou:"muito tomado pela emoção" ao assistir ao plenário "querer estabelecer um novo padrão para o julgamento".

Sua emoção não nos comove! Sabemos bem que sua busca por garantir um golpe que servirá às elites desse país em seu projeto neoliberal de retirada dos direitos garantidos a duras penas pelos trabalhadores, a venda das riquezas naturais, e das estatais ao imperialismo, é uma das páginas mais nefastas da historia recente do país. Cuja responsabilidade recai também ao PT, que não só abriu as portas para essa direita reacionária, mas também pela sua paralisia conciliadora, que por vias jurídicas, e acordos com a direita, buscando espaço nas eleições de 2018, tentou impedir esse golpe, ao passo que centenas de milhares de famílias estão hoje sem perspectiva de organizar suas vidas pelo nível altíssimo de desemprego, pelos milhares de jovens que morrem pelas mãos da polícia, ou nas filas dos hospitais públicos.

Por isso é fundamental, e seguiremos exigindo, que CUT e CTB rompam imediatamente sua paralisia e construam um plano de lutas contra os ataques, e contra esse governo golpista, para que a partir das mobilizações consigamos impor uma constituinte livre e soberana, colocando a frente as demandas dos trabalhadores e da juventude, e que possa combater o privilégios dos ricos e poderosos, que hoje articulam mais esse ataque ao conjunto dos trabalhadores, da juventude, dos setores oprimidos e das minorias desse país.

 
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