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IMPEACHMENT
Minutos para o último ato: teatro de resistência Dilma se enfrentará com senadores golpistas
Leandro Lanfredi
Rio de Janeiro | @leandrolanfrdi

Brasília está novamente murada. Um muro divide os apoiadores do impeachment aos que protestam contra o golpe institucional. Em tensa sessão que deve iniciar em minutos se espera um tom mais elevado tanto por parte de Dilma como dos senadores golpistas. Um teatro de resistência depois do PT, de Lula e da CUT aceitarem o golpe, não organizarem uma séria defesa baseada na luta da classe trabalhadora. Dos golpistas se espera um teatro de defesa dos interesses do país.

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Dentro de instantes iniciará o último ato da peça de resistência de Dilma e do PT ao golpe institucional. Em sessão do Senado que promete ser tensa, os tucanos, o PMDB e toda corja direitista e privilegiada de senadores fingirão ter algum interesse com o país, com o que chamam de democracia, mas se trata na verdade de seus negócios.

Toda grande imprensa que apoiou o golpe institucional e todos analistas petistas dão como líquido e certa a aprovação do impeachment. Hoje, em instantes, veremos um teatro de resistência e um teatro de pudorosos defensores da democracia ladeados de Bolsonaro e outros notórios amantes do pau-de-arara. Esta é a cara do infame golpe institucional, o seqüestro do voto popular a um governo detestável e ajustador, a cara do golpe não será só Moro, a Veja, a Globo, Temer mas os odiosos discursos na Câmara em 17 de Abril.

Na grande imprensa já se discute o dia de amanhã e em longa entrevista com Meirelles publicada no O Globo e repercutida em outras imprensas discute-se quando começam os verdadeiros ataques. Vitoriosos os cães golpistas querem seu osso. Os nossos. Nossas aposentadorias, os salários do funcionalismo, os recursos da educação, saúde. Não muito longe do Senado, no setor das embaixadas na planejada Brasília, mais precisamente no lote 801 onde encontra-se a embaixada ianque, as mãos fremem ansiosas pela abertura do pré-sal e outras privatizações começadas por Dilma e muito prometidas em ritmo fast track por Temer e consortes.

Como será a sessão?

Dilma chegará ao senado junto a comitiva de 35 pessoas, incluindo Lula, Chico Buarque, sindicalistas da CUT e dirigentes do MTST e MST. Está previsto o início de sua fala em defesa às 09horas, discursará por 30 minutos e então sofrerá perguntas de seus apoiadores e críticos, inclusive alguns senadores ex-ministros de seu governo.

Brasília está novamente murada. A esplanda cortada por muro para separar os apoiadores do impeachment daqueles que protestarão contra o golpe institucional.

Espera-se um tom acima do normal na defesa que Dilma fará. Bem como se espera que Aécio vista suas cores mais eleitorais também. A sessão promete ser tensa na teatralidade esperada.

Por que será tensa a sessão de hoje?

Em primeiro lugar porque é um dos últimos atos da consumação do golpe institucional. Mas mais que isso, porque tanto o PT como a oposição atuarão hoje tendo em vistas as eleições. Os golpistas mostrando-se defensores do país visando capitalizar o rechaço ao PT nas iminentes eleições municipais de Outubro, coisa que nem o PSDB nem o PMDB estão conseguindo fazer a contento. O PT por outro lado, com terríveis prospectos para outubro, erguerá o tom para documentários e vídeos tendo em vistas sua campanha eleitoral de 2018.

Dia de consumação do golpe e tirar lições

Hoje é dia de maldade. Dia de consumação do golpe. Dia do PT fingir que não estava ajustando e cortando direitos dos trabalhadores. Hoje é dia da direita esconder que seu interesse com o golpe são suas próprias carreiras políticas e os pesados ajustes. Hoje é dia de Lula, do PT e da CUT mostrarem resistência, até mesmo criar algum enfrentamento depois de meses negando-se a organizar qualquer resistência da classe trabalhadora.

Hoje é dia de privatizadores, entreguistas falarem em nome da nação...
Antes de mais nada, hoje é dia de tirar lições da conciliação do PT com a direita e com os empresários, que foi abrindo caminho para a direita e com estas lições organizar a resistência aos ajustes e ao governo golpista erguendo uma esquerda que seja uma forte voz contra o capitalismo e a direita, que fortaleça as lutas da classe trabalhadora e todos oprimidos, batalhando pela independência da classe trabalhadora de toda classe dominante.

 
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