Bruno Gilga, trabalhador da FFLCH, que já esteve como representante dos trabalhadores no Conselho Universitário da USP (cinicamente chamado de "CO"), foi eleito para um novo mandato com a soma histórica de 2835 votos. Isso se deu superando as manobras da reitoria para dificultar a votação, que impediram muitos trabalhadores de votar.
"Só os que entraram em contato com o sindicato por esse motivo foram dezenas. Foi preciso muita mobilização pra manter o número de votantes na eleição", afirma o Sindicato dos Trabalhadores da USP.
O segundo colocado foi eleito suplente com 595 votos, e o número de votos brancos, 135, foi dez vezes menor do que nas últimas eleições.
Bruno Gilga declarou que, "Em primeiro lugar quero agradecer aos milhares de trabalhadores e trabalhadoras que votaram, e a todos que fizeram campanha. Esse resultado é uma demonstração da organização dos trabalhadores e do respaldo do sindicato, portanto uma vitória de todos nós, e reafirma nossa resistência contra os ataques que continuarão vindo desse CO! Pra isso seguiremos nos mobilizando, pois nossa representação é minúscula, e o CO é controlado pelos professores titulares que são donos das empresas terceirizadas e fundações privadas que atuam na USP, lucram com as decisões que tomam no CO, e não serão convencidos por nossos argumentos. Por isso lutamos por uma assembleia estatuinte livre e soberana, e pela dissolução deste Conselho Universitário, pra que trabalhadores, estudantes e professores possam definir os rumos da universidade, junto à população, e colocá-la a serviço da classe trabalhadora. O papel da representação no CO é denunciar os ataques que passam ali, e ajudar a organizar a mobilização direta contra eles!"
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