O dinheiro era desviado de recursos do PAC, do BNDES e da Caixa Econômica Federal. Foram abertas licitações frias da Saneago e empresas que pagavam propina ganhavam essas licitações. Os recursos repassados pelo Governo Federal eram entregues para as empresas e devolvidos ao presidente da Saneago, José Taveira.

Fraudar licitações é uma das formas favoritas de desvio de dinheiro público na democracia capitalista, amplamente utilizada pelos políticos corruptos e seus comparsas que ocupam cargos importantes nos governos. José Taveira Rocha, que foi preso, é presidente da Sanego e já foi Secretário da Fazenda e presidente do Detran-GO sob gestão do mesmo Marconi Perrillo, que atualmente é governador do estado de Goiás pelo PSDB.

Foram presos temporariamente, além dele, Afrêni Gonçalves, presidente do PSDB de Goiás, Robson Salazar, da direção da Sameago e Nilvane Costa, empresária. Em prisão preventiva outras 11 pessoas foram presas, entre membros do PSDB, diretores e funcionários da Saneago. Mais 21 mandados de conduções coercitivas e 67 de busca e apreensão em sedes de empresas envolvidas nas licitações e do partido tucano estão em execução pela PF.

O esquema de corrupção não traz nada de novo sobre a política capitalista: um dinheiro que deveria ser aplicado na sociedade é embolsado por um pequeno grupo de empresários, políticos e altos cargos do governo. O PSDB, embora tenha defendido o golpe institucional "contra a corrupção" tem inúmeros escândalos de desvio de dinheiro público em sua conta, seja no governo de Goiás, São Paulo, prefeituras ou nos seus tempos de Governo Federal.