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#VOZANTICAPITALISTA
Por que a UERJ deve fortalecer uma voz anticapitalista?
Desirée Carvalho

A UERJ é uma das primeiras universidades à implementar o sistema de cotas no país, contando 13 anos de sua implementação. Isso dá uma cara diferenciada à universidade que tem um grande setor de estudantes negros e moradores de favelas, periferia e da baixada do Rio de Janeiro. Isso coloca a tarefa da luta constante pela permanência estudantil para que esses setores que conseguiram furar o filtro do social do vestibular possam ter condições de concluir o curso.

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Desde o ano passado a UERJ tem passado por diversos processos de luta que somente de 2015 até hoje forma muitas, no meio do ano passado houveram grandes mobilizações, com assembleias com mais de 800 pessoas, onde os estudantes faziam piquetes em apoio ás terceirizadas e paralisaram as aulas em vários cursos, no final do ano ocuparam a universidade e entraram em greve pelas péssimas condições, contra os cortes no orçamento da universidade para 2016 e atraso das bolsas permanência.

Neste ano a greve se deu pela precarização da UERJ pelos cortes na educação para garantir as obras para as Olimpíadas e as isenções fiscais que o governador Pezão fez a empresas como Supervia e AmBev. Com uma greve dura que durou 5 meses junto a outros setores da educação, os setores em greve na UERJ lutaram pelo investimento nas universidades estaduais e melhores condições de trabalho e ensino. Contundo, mesmo com algumas vitórias parciais e a saída da greve de algumas setores, a crise profunda na universidade se mantem, e mesmo com a volta ás aulas na próxima semana, os problemas permanecem. Ainda não houve contratação de novas trabalhadoras terceirizadas da limpeza, as bolsas continuam sem data certa para serem pagas, falta professor, laboratório, repasse para atividades de campo, e etc. Isso demonstra que a luta não está nem perto do fim.

Por isso que precisamos fortalecer uma voz que vá defender nossos direitos dentro da política. E Carolina Cacau é um dessas vozes, que esteve presente nos últimos anos de luta e resistência da UERJ, pela via do CASS (Centro Acadêmico de Serviço Social), que foi um dos CAs mais ativos nesses processos de luta, pela educação pública de qualidade, permanência estudantil, lutando contra o golpe institucional, sendo linha de frente na defesa intransigente dos direitos das terceirizadas, pelo pagamento imediato dos seus salários mas também pela sua incorporação sem concurso público, questão que nós da Faísca viemos defendendo nos espaços que fosse uma pauta de toda a UERJ, dos estudantes trabalhadores, pela direito à creche, reivindicando que a formação política seja parte da formação dos estudantes dentro do Serviço Social. A UERJ pela sua trajetória de luta merece ter uma representante que conheça de perto, e que esteja ao lado dos setores que lutam pela universidade.

Queremos fortalecer uma voz anticapitalista pra lutar por uma universidade á serviço dos trabalhadores, que atenda a permanência estudantil, mas também derrubando seus muros para que todos possam usufruir do conhecimento produzido.
Uma voz incansável na luta pela educação pública e de qualidade, contra o privilégio dos políticos e que represente as lutas dos setores mais oprimidos da sociedade. Chamamos todos a construir um comitê anticapitalista na UERJ para fortalecer a voz de uma mulher negra, estudante da UERJ dentro da Câmara. Vem com gente construir milhares de vozes anticapitalistas!

 
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