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TELEMARKETING
A juventude, as mulheres e LGBT’s são quem mais sofre
Trabalhadora de Call Center de Belo Horizonte

A juventude vem sofrendo com as mudanças que vem ocorrendo no nosso país atualmente. Com a grande falta de emprego ficam sem escolha de trabalho, principalmente as mulheres e LGBT’S que são a maioria nesse setor.

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O trabalho precarizado da empresa de telemarketing AlmaViva viralizou tanto na empresa, quanto no Esquerda Diário, denunciando os abusos que a gente sofre em ter que trabalhar com tanto descaso.

Depois que a denúncia foi publicada e teve muita repercussão, foram surgindo novas denúncias de vários Call Center do Brasil.

Por aí a gente vê que o problema acontece a todo momento, principalmente com a juventude. A juventude vem sofrendo com as mudanças que vem ocorrendo no nosso país atualmente. Com a grande falta de emprego ficam sem escolha de trabalho, que acabam recorrendo a trabalhos precários, como em Telemarketing, Bobs, Burguer King, McDonald’s.

E sofrem principalmente as mulheres e LGBT’S que são a maioria nesse setor. Na maioria das vezes por serem LGBT’s saem de casa por causa da família, por não aceitar a opção sexual. E acabam caindo em empregos precários. Que os desvalorizam ainda mais.

Vi em um dos comentários de alguma das denúncias que publicamos, a trabalhadora relata "a humilhação foi tão grande que não digo nem a parte financeira... Quando voltei de licença maternidade, pedi uma troca de turno para o da manhã por que antes trabalhava pela noite/madrugada e com bebê não teria como continuar nesse horário. E pra minha surpresa, a supervisora - mulher e mãe como eu - rejeitou meu pedido, dizendo que eu deveria ter pensado no horário de trabalho na hora em que estava fazendo o meu filho...e que não foi por que eu pari que a empresa tinha que se adaptar a mim, eu que tinha que me adaptar à empresa (exatamente as palavras que ela usou). Foi um dos piores momentos da minha vida. Fiquei por 5 anos, onde os três primeiros foram ’bons’ porque eu era solteira, sem compromissos extras e aceitava qualquer tipo de meta/horário submetido. Depois que voltei de licença maternidade tudo mudou. Foi como eu tivesse me tornado um estorvo à empresa, bloquearam minhas senhas, ficava na ociosidade só batendo ponto, virando alvo de chacotas dos outros supervisores e colegas. #ContaxNiterói"

É cada absurdo que nós mulheres temos que passar, cada humilhação que eles nos submetem. Não podemos ser donas de nós, não podemos ser donas do nosso próprio corpo. Por causa de um sistema capitalista, que só pensa em lucrar em cima dos trabalhadores.

Queremos o reconhecimento e direitos que não temos, e o pouco que temos está sendo retirado. E para isso temos que nos unir, juventude e trabalhadores em busca dos nossos direitos.

A precarização humilha,escraviza e divide. Precisamos ser ouvidos, precisamos sermos vozes para que essas coisas mudem.

 
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